Indústria reaquece, mas sofre com reajustes excessivos de insumos
Empresas de diversos setores sentem o problema, como a Maximu's Embalagens, empresa de Ribeirão Pires
- Data: 08/09/2020 14:09
- Alterado: 08/09/2020 14:09
- Autor: Redação
- Fonte: Maximu's Embalagens
Crédito:Divulgação
O setor industrial vem voltando a níveis de produção pré-pandemia, mas, apesar de o trabalho estar retomando com volume alto de demandas, está perdendo a capacidade de rentabilidade, devido aos reajustes excessivos de insumos.
Empresas dos mais diversos setores estão passando pela situação, como é o caso da Maximu’s Embalagens Especiais, sediada em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, e que produz embalagens plásticas para proteção, acolchoamento e movimentação de variados produtos.
Apesar da acentuada queda acumulada na cotação internacional do petróleo – principal matéria-prima do plástico – em 2020, o preço da resina plástica vem subindo significativamente, sob alegação da alta do dólar, do aumento das exportações em decorrência do câmbio favorável e do reaquecimento da demanda em países onde a Covid-19 já se estabilizou. Em julho, os aumentos de preço da resina plástica foram superiores a 10%, com novo reajuste em agosto e previsão de nova alta em setembro.
“O reaquecimento econômico vinha sendo muito aguardado, as demandas voltam a crescer, mas essa questão do aumento gigantesco de preços, principalmente do polietileno de baixa densidade, coloca em risco essa retomada”, ressalta o diretor da Maximu’s Embalagens Especiais, Marcio Grazino.
No Brasil, uma empresa representa um oligopólio no segmento de resinas termoplásticas, sendo a única alternativa importar a matéria-prima para tentar driblar os altos valores praticados no momento – o que agora, também não é medida viável, em razão da valorização da moeda americana. “A produção industrial vem aquecendo novamente, o que nos deixa muito otimistas, mas por outro lado, se nada for feito para conter essa inflação que está ocorrendo, ficará prejudicada para atender à demanda que vem em ritmo acelerado”, conclui Grazino.