Ribeirão Pires fortalece seu compromisso com a população LGBTQIAPN+

Junto a inauguração do monumento em homenagem a causa, foi realizada a entrega simbólica da retificação de nome e gênero é a criação de uma ouvidoria LGBTQIAPN+

  • Data: 30/06/2023 07:06
  • Alterado: 31/08/2023 15:08
  • Autor: Be Nogueira
  • Fonte: ABCdoABC
Ribeirão Pires fortalece seu compromisso com a população LGBTQIAPN+

Crédito:Foto: Be Nogueira/ABCdoABC

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Ribeirão Pires é a primeira cidade do ABC Paulista a ter um conselho focado nas demandas da população LGBTQIAPN+. Presidido por Rafael Ventura, o COMADS (Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual) está por trás das ações realizadas na cidade no mês do orgulho, e no decorrer do ano

Nesta quarta-feira (28), Ribeirão Pires foi palco de duas ações, que apesar de simbólica, carregaram em si um passo à frente de outras cidades do ABC Paulista. Durante a manhã foi inaugurado o Monumento da Diversidade, um coração nas cores vermelha, laranja, amarela, verde, azul e roxo, representando o arco-íris, símbolo da luta LGBTQIAPN+. Localizado na Vila do Doce, um dos pontos mais movimentados da cidade, o monumento recebe a visibilidade merecida.

Durante a cerimônia, as cidadãs ribeirão-pirenses Alexya Monente, Lorena Pierce, Marcela Marques e Rebecca Smalls receberam as suas retificações de nome e gênero. O ato foi simbólico, já que após o pedido em cartório aguardam-se quatro meses para receber a nova certidão de nascimento.

Toda a ação foi realizada na presença do prefeito da cidade, Guto Volpi, do vice-prefeito, Rubão Fernandes, da secretária de assistência social, Marisa Reinoso, e dos vereadores. Rafael Ventura aproveitou o espaço para lembrar que está e a primeira vez que representantes políticos comparecem a uma ação da COMADS.

“Estou vendo uma coisa muito simbólica aqui hoje, que é a presença de um prefeito, um vice-prefeito e vereadores em um evento nosso na cidade. Algo que nunca havia acontecido em outras gestões. Mostra que essas pessoas têm interesse em nossa causa e nos vê como gente”.

Alexya Monente, além de ser uma das contempladas pela retificação, é também vice-presidenta do COMADS. E discursou sobre a importância da ação para que a população trans sinta-se respeitada.

“Estamos aqui com essa ação, que é a primeira leva de retificação de nome e gênero, para lembrar que nós sempre fomos mulheres. Por mais que as pessoas normalizam dizer que somos confusas e que quando crianças a gente não sabe. A gente sabe sim! E é neste momento que nos sentimos respeitadas como pessoas e cidadãs”, declarou Alexya.

Lorena Pierce, é manicure, Marcela Marques é cofundadora da ARPA LGBT, e Rebecca Smalls é dançarina. E naquela manhã, todas fizeram o pedido de retificação de nome e gênero no cartório local. Quando questionadas sobre se de fato veem ações serem realizadas na cidade para a melhoria na vivência de corpos trans, elas afirmam que se orgulham, e sentem que a cidade está à frente de outras da região, em relação ao tema.

“Ribeirão Pires é uma cidade que está além e aquém, principalmente no ABC Paulista, de políticas públicas efetivas para população LGBTQIAPN+. Aqui temos um conselho que é atuante, temos o Festival da Diversidade, uma lei municipal de combate a LGBTfobia. Eu acho que Ribeirão Pires é uma cidade acolhedora, saudável e humana para todos, todas e todes”, compartilhou Marcela.

Já Rebecca afirma sentir que as coisas ainda são muito lentas, mas entende que faz parte do processo e diz já conseguir enxergar um futuro melhor.

“É um caminho que a gente vai colhendo no dia a dia, pouco a pouco. Não é o esperado, ainda não vejo tudo o que eu queria ver, mas eu consigo enxergar uma coisa lá na frente. Por exemplo, hoje, estou com as minhas amigas trans, tendo esse espaço”. Finaliza.

O prefeito conta que ações são realizadas o ano todo, desde as escolas até a qualificação profissional, e que a cidade tem sido aliada da causa.

“Ribeirão Pires sempre foi uma cidade muito aberta, isso puxou um protagonismo no ABC, desde o primeiro mandato do meu pai, quando ele criou a coordenadoria municipal para isso. Então ela nunca parou de avançar em políticas públicas. Ainda enfrentamos alguns desafios, como empregabilidade, formalização de trabalho. E esses são os desafios de todas as gestões públicas para não deixarem essa população cada vez mais marginalizados”, afirma Guto.

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