Requerimentos da oposição dominam CPI das Fake News

Foco de preocupação do governo Bolsonaro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News tem sido dominada pela oposição

  • Data: 23/10/2019 10:10
  • Alterado: 23/10/2019 10:10
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Requerimentos da oposição dominam CPI das Fake News

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Dos 92 pedidos aprovados no colegiado desde seu início, em setembro, 85 tiveram como autor parlamentares do PT, PSB ou PDT.

O único requerimento de um governista aceito até agora foi apresentado pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO), novo líder do governo no Senado. Ele pediu uma audiência pública com especialistas e representantes de Google, Facebook e Twitter. Nesta quarta-feira, 23, o colegiado deve votar a convocação de assessores da Presidência ligados ao vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente.

A comissão investiga a disseminação de notícias falsas nas eleições presidenciais do ano passado. Adversários tentam usar a CPI para encontrar irregularidades na campanha que elegeu Bolsonaro. Na lista de pedidos aprovados está a convocação de representantes de empresas que prestaram serviços ao então candidato do PSL, como a AM4 Brasil.

A ofensiva de opositores deve ganhar força após a ex-líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), apontar a ligação de filhos de Bolsonaro com uma rede organizada para espalhar fake news e atacar adversários. As declarações da deputada foram dadas durante entrevista, na segunda-feira, 21, ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Entre os pedidos que estão na pauta da reunião marcada para esta quarta está a convocação dos assessores da Presidência da República Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes e Mateus Matos Diniz, nomes ligados a Carlos, o “zero dois” do presidente, que comandou a estratégia de comunicação da campanha do pai no ano passado. Conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, o núcleo formado pelos três tem forte influência sobre o presidente e é conhecido por integrantes do governo como “gabinete do ódio”.

“O tema fake news atinge o centro do governo. Isso não vem da minha boca, vem inclusive de membros do PSL, como a deputada Joice Hasselmann”, afirmou o deputado Tulio Gadelha (PDT-PE), integrante da comissão. Um convite para Joice ser ouvida na CPI, apresentado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), também será analisado nesta quarta.

“Não tivemos sucesso com os requerimentos porque não apresentamos quase nada ainda. Amanhã (quarta) colocamos 40 requerimentos na pauta”, disse Filipe Barros (PSL-PR).

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  • Data: 23/10/2019 10:10
  • Alterado:23/10/2019 10:10
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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