Região Sudeste convoca sociedade para Plano Nacional para a Década do Oceano
Objetivo é reunir informações sobre diferentes realidades do país para traçar ações integradas para o ambiente marinho brasileiro durante o período de 2021 a 2030
- Data: 07/10/2020 16:10
- Alterado: 07/10/2020 16:10
- Autor: Redação
- Fonte: Fundação Grupo Boticário
Crédito:Reprodução/Instagram
Começou no dia 05 e vai até o dia 09 de outubro a Oficina Subnacional da Região Sudeste, iniciativa que integra uma agenda de eventos que seguirá até o final do ano para construir de forma colaborativa o Plano Nacional para a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. As diretrizes traçadas ajudarão o Brasil a planejar ações a favor do ecossistema marinho-costeiro para serem executadas no período de 2021 a 2030. A participação e o engajamento de diferentes setores da sociedade é parte essencial para desenvolver um plano nacional, que contemple os anseios, os desafios e as particularidades de todas as regiões do país para a preservação do ecossistema marinho-costeiro.
“Com a elevada urbanização na zona costeira, ecossistemas marinhos são impactados pela pressão antrópica. Com a presença de grandes portos, como Santos e Rio de Janeiro, complexos e atividades industriais e adensamento populacional, o litoral da região Sudeste concentra um acúmulo de impactos que levam à perda de habitat, à diversificação e aumento da concentração de poluentes, ao surgimento de zonas mortas sem biodiversidade (exceto microrganismos) e a conflitos socioambientais. Precisamos dar visibilidade a essas questões, com atenção e discernimento para garantir o que queremos para essa nova Década costeira”, explica Alexander Turra, professor titular do Instituto Oceanográfico da USP e responsável pela Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano.
A Região Sudeste contribui com mais de 50% do PIB brasileiro, concentra 42% da população do país e 40% dos habitantes da zona costeira. O estado do Rio de Janeiro apresenta a maior concentração e o Espírito Santo a terceira maior entre todos os estados brasileiros.
“A crescente demanda econômica do país e os conflitos do crescimento econômico com a conservação de manguezais e os aspectos sociais envolvidos dificultam os processos de gestão costeira integrada e demandam ações estratégicas, como o planejamento espacial marinho”, reforça Turra, que também é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).
A Década do Oceano foi proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que todas as nações voltem atenção ao oceano para conscientizar a população global sobre a sua importância e mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares.
Construção do Plano Nacional
A agenda de eventos para a construção de diretrizes do Plano Nacional para a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável prevê mais duas oficinas subnacionais (Sul e Centro-Oeste). As regiões Norte e Nordeste já participaram. O calendário termina em dezembro com o webinário nacional “O que temos e para onde vamos”, que trará os resultados de todos os encontros regionais, com um panorama nacional. A série é uma iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marinha do Brasil, UNESCO Brasil, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e Rede ODS Brasil.
A programação completa está disponíveis no site http://decada.ciencianomar.mctic.gov.br/.
Acompanhe a agenda dos próximos eventos
05 a 09 de outubro: Oficina Região Sudeste
http://decada.ciencianomar.mctic.gov.br/eventos/oficina-regiao-sudeste/
19 a 23 de outubro: Oficina Região Sul
http://decada.ciencianomar.mctic.gov.br/eventos/oficina-regiao-sul/
09 a 13 de novembro: Oficina Região Centro-Oeste
http://decada.ciencianomar.mctic.gov.br/eventos/oficina-regiao-centro-oeste/
02 de dezembro: II Webinar Nacional – O que temos e para onde vamos?
http://decada.ciencianomar.mctic.gov.br/eventos/segundo-webnar-nacional/