Reflexos de Ciclone Bomba causam estragos e mortes no Sul e chegam em SP e RJ nesta quarta

Rajadas de vento que passam dos 100 km/h, influenciadas pelo "ciclone bomba", atingirão SP e RJ. No Sul do país, destruição e mortes de 8 pessoas nesta terça-feira

  • Data: 01/07/2020 10:07
  • Alterado: 22/08/2023 21:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Reflexos de Ciclone Bomba causam estragos e mortes no Sul e chegam em SP e RJ nesta quarta

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A passagem de um fenômeno meteorológico conhecido como ciclone bomba causou estragos, nesta terça-feira, 30, na Região Sul do Brasil. Sete pessoas morreram vítimas das chuvas em Santa Catarina, de acordo com a Defesa Civil, e também houve mau tempo em várias regiões do Paraná.  Em Chapecó, uma idosa morreu atingida por uma árvore. Em Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis, um homem foi atingido pela fiação elétrica de um poste e também morreu. Em Tijucas, também na Grande Florianópolis, três, em Ilhota no Vale do Itajaí, um e mais uma morte, confirmada na manhã desta quarta em Governador Celso Ramos. No Estado, conforme levantamento das Coordenadorias Regionais da Defesa Civil, houve 800 ocorrências. Na quarta-feira, 1º, ainda há previsão de ventos fortes, com possibilidade de chegar a 100 km/h.

Cerca de 1,5 milhão de imóveis estavam sem energia elétrica em Santa Catarina no início da noite desta terça. “Isso dificulta a comunicação, por isso fique em local seguro”, afirmou o governador Carlos Moisés (PSL), que se solidarizou com as vítimas da tempestade.

No Rio Grande do Sul, um homem morreu soterrado após um deslizamento de terra causado pelo temporal em Nova Prata, na Serra.

O estado de São Paulo deve registrar rajadas de vento em torno de 80km/h, reflexo do ciclone extratropical que segue atuando em Santa Catarina. Na noite desta terça-feira, a frente fria chegou ao estado paulista e duas lanchas e sete barcos afundaram em Peruíbe, no litoral Sul.

O FENÔMENO

A ventania foi causada pela rápida incursão de uma frente fria vindo da Argentina. O fenômeno foi potencializado por um ciclone extratropical que atua no Oceano Atlântico, próximo à costa do Sul do País.  “Esse sistema avançou muito rápido e causou uma mudança intensa na pressão atmosférica, o que aumentou a velocidade dos ventos”, explicou a meteorologista Ana Beatriz Porto da Silva, do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

No Paraná, as rajadas de vento ultrapassaram os 100 km/h, de acordo com o Simepar. Na estação de Laranjeiras do Sul, no centro-sul paranaense, a cerca de 365 km de Curitiba, foram registrados ventos de até 119 km/h. A velocidade é equivalente a um furacão de categoria 1 na escala Saffir-Simpson.

Outros quatro municípios do Paraná registraram rajadas de vento acima dos 100 km/h, de acordo com o Simepar: Ubiratã (centro-oeste), Palmas (centro-sul), Guarapuava (centro-sul) e Campo Mourão (centro-oeste).

Em Curitiba, os ventos chegaram a 97,9 km/h. De acordo com a prefeitura, até as 19h, foram registradas 406 ocorrências relacionadas a quedas de árvores ou galhos em vias públicas. Houve, pelo menos, 37 destelhamentos. Na capital, não houve registro de feridos ou desabrigados.

A frente fria potencializada pelo ciclone extratropical continua a avançar pelo Sul e Sudeste do Brasil. “A tendência é de que a passagem da frente fria afaste as nuvens, diminuindo o volume de chuva e causando o declínio acentuado das temperaturas”, avaliou a meteorologista Ana Beatriz Porto da Silva.

Depois de afetar a região Sul do País, na tarde e noite desta terça-feira, a massa de ar frio ingressa em São Paulo. O sistema deve derrubar as temperaturas no estado paulista nesta quarta-feira, 1º.

De acordo com o sistema Alerta Rio, o fenômeno não trará chuva forte para a capital fluminense, mas os ventos devem ser intensos (até 75,9 km) nesta quarta-feira, 1º. A Marinha do Brasil também publicou aviso de ressaca no Rio.

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