Raquel pede ‘retomada imediata’ de investigação contra ministro do TCU Augusto Nardes
Inquérito foi instaurado em 2018 e partir de informações de acordo de delação premiada que põem ministro sob 'suspeita de se valer do cargo para obter vantagens ilícitas'
- Data: 10/01/2019 10:01
- Alterado: 10/01/2019 10:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
A procuradora-geral, Raquel Dodge, enviou manifestação ao Supremo solicitando a ‘retomada imediata’ de investigação relativa ao ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes. A apuração ocorre em inquérito instaurado em março de 2018 a partir de delações premiadas. Nardes é investigado por suspeita de se valer do cargo para obter vantagens ilícitas.
As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria.
No documento encaminhado ao ministro relator Dias Toffoli, a PGR solicita a análise de um pedido do Ministério Público Federal, apresentado em setembro do ano passado, para a continuidade das investigações e prazo para diligências.
Raquel destaca a juntada de diversas petições e despachos nos autos.
Ela requer vista dos autos para se inteirar do ‘atual estágio do inquérito’, que deve prosseguir, no seu entendimento, para avançar na linha de investigação indicada pelo Ministério Público Federal e desenvolvida pela Polícia Federal.
Na manifestação, Raquel reforça que as diligências já realizadas pela polícia ‘confirmaram informações reveladas pelos colaboradores e apresenta ainda vários extratos das provas obtidas com o objetivo de demonstrar que, apesar do curto período de tramitação, o inquérito já conta com elementos probatórios robustos’.
A avaliação da procuradora é de que ‘há indícios da prática de crimes graves, o que exige o aprofundamento das investigações’:
“O esforço investigativo realizado no bojo do inquérito permitiu que importantes passos rumo à elucidação dos fatos investigados fossem dados. Entretanto, o completo esclarecimento dos fatos ainda demanda novas diligências, e, assim, a continuidade das investigações se apresenta necessária”, assinala Raquel.