“Quando olho para o futuro, não consigo ver o Brasil não crescer”, diz Guedes
Ministro reclamou que os analistas estrangeiros olham para o governo com o olhar "dos derrotados nas últimas eleições"
- Data: 07/12/2021 14:12
- Alterado: 07/12/2021 14:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Adriano Machado / Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, argumentou nesta terça-feira, 7, que o Brasil não deve entrar em uma nova recessão a despeito da alta de juros para combater a inflação. “A inflação está subindo no mundo todo e o Banco Central está subindo os juros. Isso desacelera crescimento, mas não causa recessão, sobretudo porque a taxa de investimento do Brasil está chegando a 20% do PIB, que é o pico desde 2014”, afirmou, em encontro de empresários com o presidente da República, Jair Bolsonaro, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Mais uma vez, o ministro garantiu que a economia brasileira crescerá em 2022. “Quando olho para o futuro, não consigo ver o Brasil não crescer. Evidentemente há dificuldades pela frente, não somos ufanistas ou irreais. Mas temos que resistir e reagir ao ceticismo dos perdedores das eleições anteriores que atolaram o Brasil em crescimento um zero”, completou.
Guedes reclamou que os analistas estrangeiros olham para o governo com o olhar “dos derrotados nas últimas eleições”. “Previram que íamos ficar em depressão e voltamos em V. Diziam que o V era de virtual, que eu estava imaginando. Agora dizem que estou imaginando um Brasil que não existe para 2022. O ceticismo vai sendo rolado ano após ano”, afirmou.
Mais uma vez, o ministro disse que enviou as propostas de reformas para o Congresso, citando a administrativa e a tributária – que não têm previsão de serem votadas.
Repetiu também a avaliação de que não aprovar a proposta de taxação de 15% sobre os dividendos é um sinal de “pouca inteligência”. “É neste momento que tínhamos que acenar com impostos mais baixos para as empresas, para trazer o dinheiro do mundo inteiro nas nossas novas fronteiras de investimentos: petróleo, gás natural, cabotagem saneamento, energia, aeroportos ferrovias e rodovias”, completou.