Projeto “Pelas Beiradas” renova fachada do Sesc São Caetano com Exposição “Orí”

Projeto convida o público para olhar detalhado a novas percepções. A mostra conta com obras, entre pinturas, cerâmicas, esculturas e instalações

  • Data: 07/12/2021 14:12
  • Alterado: 07/12/2021 14:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Sesc São Caetano
Projeto “Pelas Beiradas” renova fachada do Sesc São Caetano com Exposição “Orí”

Crédito:Divulgação

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Desde a retomada presencial das unidades do Sesc São Paulo, as Artes Visuais têm lugar de destaque no Sesc São Caetano, com a estreia do projeto “Pelas Beiradas”. Como o nome sugere, a proposta é caminhar pelas beiradas do grande circuito de artes visuais do Estado de São Paulo e abrir espaço para as redes de artistas, curadoras e curadores que estejam em início ou meio de carreira, com projetos artísticos que dialoguem com o contexto programático do Sesc São Caetano. O projeto pretende atuar pelas fissuras das relações concretas que envolvem esse universo e borrar as fronteiras do imaginário que sacraliza a relação artista-obra e artista-público e, assim, aproximar profissionais da curadoria e expografia, artistas e público por meio de ações e processos de mediação intimistas desdobrados da exposição. 

“Orí” inaugura este projeto através do trabalho de Ramo Negro, artista da cidade de Mauá. Esta exposição se constrói com obras de seu acervo e também produzidas em proposta site specific, tendo a unidade do Sesc São Caetano como território de experimentação.

“Orí é um exercício de solitude em meio à distopia. Um vislumbre da cabeça que cria, tecendo redes de afeto, neurais, cognitivas e narrativas. Redes que gingam com elegância por territórios urbanos e rurais. Orí é um horizonte que reside na margem, propondo novos centros, discutindo a urbe na fresta do censo e dissenso”. 

É assim que o artista define sua inspiração para essa nova exposição que reúne diversas obras, entre pinturas, esculturas e instalações. 

Com permanência até 31 de março de 2022, serão realizadas ações educativas dias 14 e 16 de dezembro, onde Ramo Negro conduzirá uma caminhada pelo entorno da unidade do Sesc São Caetano, no bairro Santa Paula, construindo pontes entre seu trabalho artístico e as visualidades materiais e simbólicas urbanas, finalizando com uma visita mediada na exposição, com duração aproximada de 1h15 minutos. As Vagas são limitadas e podem ser acessadas através do portal  www.sescsp.org.br/inscricoes 

O artista, já teve seus trabalhos expostos em espaços como o Museu de Arte do Rio, Museu da Diversidade Sexual – SP e Funarte. Com esta mostra, ele reencontra a argila como meio para modelar e remodelar significados ancestrais e contemporâneos, criando uma amostra desse desdobramento de sua pesquisa identitária tendo como tema central o verbo “construir”, dentro da produção erudita e de arte popular materializada em plataformas como cerâmica, madeira, desenhos e performances, além de meios digitais como fotografia e videoarte e intervenções na urbe em si, como murais, pixo e grafite. 

“Meu trabalho lida com técnicas e materiais comuns à construção civil. Ao longo da pandemia incorporei a cerâmica e o entalhe em madeira como novas possibilidades, buscando ao mesmo tempo uma conexão mais profunda com o legado dos meus mais velhos, especialistas no ato de criar, gestar o que chamamos de “LAR” e a própria terra.  Nesta exposição, especificamente pensada para o Sesc São Caetano, meu desafio foi entender como esse trabalho poderia entrar no meio digital e criar relações de afeto e empatia com o público da unidade. A Covid-19 nos apresentou esse impasse e cada um, dentro do seu tempo, recursos e dinâmica, desenvolveu maneiras de se relacionar. Isso me interessa muito, essa identidade virtual dentro do meu processo investigativo. E se durante a pandemia interagimos com essas caixas tecnológicas chamadas de celular e computador, eu apresento essa exposição dentro de uma caixa de madeira, na qual cada visitante terá acesso individual às obras”, afirma Ramo, que complementa: “Mestre Gildásio sempre me disse: na capoeira, um passo para trás também é golpe. Uso esse provérbio como mantra para lidar com as decorrências causadas pela Covid-19 e todo o contexto político e social que enfrentamos no país”. 

O trabalho será desenvolvido em caráter de Site Specific – obra desenvolvida especialmente para as necessidades, potenciais e vulnerabilidades do espaço anfitrião – construindo, assim, um diálogo temporário com o espaço do Sesc São Caetano, seu território e seu público, e propondo uma nova forma de deslocamento e um novo trânsito no espaço com múltiplas camadas simbólicas e interação. 

Lorraine Mendes, a curadora da mostra, afirma que os significados de Orí atravessam o tempo e os cruzamentos culturais que marcam o nosso chão. Para ela, a exposição guarda o lugar do sentido e da busca de Ramo a partir de sua consciência de ser, também, herdeiro e parte de um longo caminho que, nesse sentido, é construir e constituir o indivíduo sem o desassociar das relações com o que o cerca: perceber e ser fiel a si, entendendo-se como parte do todo. As obras apresentadas são resultado – em visualidade, corpo e matéria – da cabeça direcionada a uma herança-presente que orienta desejos, visões e futuros. 

ATENÇÃO: A entrada em qualquer unidade do Sesc só é permitida após a apresentação do comprovante das duas doses da vacina contra a Covid-19 (ou o comprovante de vacinação em dose única) para maiores de 12 anos e documento com foto. O uso de máscaras cobrindo boca e nariz é obrigatório durante toda a atividade.

SERVIÇO: 

Sesc São Caetano

Rua Piauí -554 Santa Paula – São Caetano do Sul  

Exposição ORI

Período: até 31 de março 2022

Horário para visitação: Segunda a Sexta, das 9h às 20h.

Telefone para informações: (11) 4223-8800

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  • Data: 07/12/2021 02:12
  • Alterado:07/12/2021 14:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Sesc São Caetano









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