Programa de Recapeamento chega em mais 21 trechos de vias
Decreto publicado nesta quarta-feira inclui as avenidas Francisco Morato e Nações Unidas, entre outras. As vias prioritárias somam cerca de 430 mil m²
- Data: 13/10/2022 08:10
- Alterado: 15/08/2023 21:08
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Recapeamento
Crédito:PAULO GUERETA / SECOM
A Prefeitura de São Paulo publicou na edição desta quarta-feira (12) do Diário Oficial da Cidade o quarto decreto definindo os 21 trechos onde serão realizados os trabalhos do maior programa de recapeamento de São Paulo. O decreto nº 61.889, define as vias públicas a serem priorizadas para a realização dos serviços.
Entre os critérios considerados para a escolha dessas vias, estão o volume de tráfego e a deterioração do pavimento existente, demanda de transporte coletivo sobre pneus, histórico de operação de conservação de pavimentos viários, além de outras demandas da própria comunidade.
As vias que entram nesta etapa do programa de recapeamento somam cerca de 430 mil m². São elas:
– Av. Pedro Álvares Cabral (ambos os sentidos) – da Pça. Gen. Estilac Leal (Monumento às Bandeiras) até Av. Prof. Ascendino Reis
– Av. Dom Pedro I – da Rua Tabor até Rua Almirante Pestana
– Rua Tabor – da Av. Dom Pedro I até Rua do Manifesto
– R. dos Sorocabanos – da Pç. Monumento até Rua do Manifesto
– Av. Caxingui – da Av. Vital Brasil até Av. Eliseu de Almeida
– Av. Augusto Cardoso – da Av. Atos Tomas Ferracciu até Rua Comendador Antunes dos Santos
– R. Antunes dos Santos – da Rua Simão de Miranda até Rua Rio Branco Paranhos
– R. Antunes dos Santos – da Av. Comen. Sant’anna até Rua Simão de Miranda
– Rua Frederico Rene de Jaegher – da Av. Sen. Teotônio Vilela até Av. Orfeo Paravente
– Av. Carlos Alberto Bastos Machado – da Av. Antônio Carlos Benjamin dos Santos até Av. Paulo Guilguer Reimberg
– Av. Matias Beck – da Av. Gregório Bezerra até Av. Lourenço Cabreira
– Av. Arestóteles Costa Pinto – da Av. Manuel Alves Soares até Rua Napoleão Machado
– Av. Berna – da Av. Doutor Luis Arrobas Martins até Av. Rio Bonito
– Av. das Nações Unidas (ambos os sentidos) – Trecho II (Marg.
Pinheiros) – da Av. Victor Manzini até Ponte Transamérica
– Av. Washington Luís (ambos os sentidos) – Trecho III – da Av. Interlagos até Av. Prof. Vicente Rao
– Av. Ver. José Diniz – Trecho I (ida e volta) – da Av. Adolfo Pinheiro até Vd. Ver. José Diniz
– R. Sara Kubitscheck – da Av. Naylor de Oliveira até rua Antonio Carlos Mingues Lopes
– Av. Naylor de Oliveira – da Av. Souza Ramos até Rua Pde. Aldemar Moreira
– Av. Prof. Francisco Morato – Trecho I – da Av. Lineu de Paula Machado até Rua Joaquim Galvão
– Av. Prof. Francisco Morato – Trecho II – da R. Eng. José Valter Seng até Rua José Félix
Sobre o Programa:
O programa de recapeamento tem investimento de aproximadamente 1 bilhão de reais, com uso de alta tecnologia no diagnóstico das condições das vias, soluções de recomposição do pavimento de acordo com a patologia apresentada e recuperação da malha viária com asfalto de qualidade superior como o SMA (Stone Matrix Asphalt: composto por polímero e fibra). Essa mistura é utilizada na Europa em países como a Alemanha, Suécia e Inglaterra, sendo mais resistente à fadiga.
Além disso, o programa definiu no edital a reciclagem de, pelo menos, metade do asfalto retirado das vias, tornando o recapeamento um paradigma de solução sustentável no Brasil e um dos mais amigáveis com o planeta.
Melhorias
Diferente das ações anteriores, em que a recuperação do pavimento era padronizada e uniforme, é feita uma avaliação do pavimento existente por meio de levantamentos e inspeções, que permitem a aplicação do asfalto personalizado para cada via. Os materiais são os mesmos utilizados na Europa, Alemanha, Suécia e Inglaterra, e apresentam vantagens como alta resistência à deformação, maior vida útil e resistência a derrapagens.
No serviço, é realizada a recomposição estrutural de toda a extensão da via, como guia, sarjeta e drenagem. Os materiais apresentam vantagens como alta resistência à deformação, maior vida útil e resistência a derrapagens, além da qualidade superior do asfalto e cuidados durante a aplicação.
As vias prioritárias para receber recapeamento consideram os desgastes provocados por fenômenos climáticos, ação do tempo, intervenções de concessionárias de serviços públicos e volume do tráfego de veículos. Também são analisadas as características de fluxo de cada tipo de via e as estruturas de drenagem superficiais.
Sistemas
Pela primeira vez, a Prefeitura de São Paulo possui o mapeamento das condições do pavimento da cidade. A administração analisa a qualidade e conforto das vias em tempo real, que são inspecionadas por dispositivos acoplados a veículos, capazes de verificar as condições do asfalto e localizar possíveis irregularidades.
Possui dados sobre a existência de trechos de vias com pavimento asfáltico em estado ótimo, bom, regular, ruim e péssimo em todas as regiões da cidade. Isso permite que a gestão faça um acompanhamento das ruas e avenidas e identifique mudanças que ocorreram com o passar do tempo.
O monitoramento ocorre por meio de escaneamento da superfície do pavimento, realizado pelo PavScan – Pavement Scanner, que gera imagens em 3D da camada superficial do revestimento asfáltico, permitindo a avaliação das imperfeições e desgastes. Já a avaliação das condições estruturais é por meio do equipamento FWD – Falling Weight Deflectometer (usado em pistas de aeroportos), que permite a identificação da existência ou não das chamadas “bacias de deflexão” no pavimento. Com a utilização dessas três tecnologias (Pavscan+ FWD+ Sistema Gaia), é possível determinar com maior precisão as soluções necessárias para o pavimento das vias.
Fiscalização
Desde novembro de 2019, a Secretaria passou a utilizar o Geoinfra, sistema que permite que a gestão autorize a realização de obras na malha viária, calçadas, subterrâneo e redes aéreas, e que possa acompanhá-las durante o processo de forma digital. Isso possibilitou que a Prefeitura tivesse mais controle sobre as intervenções que acontecem na cidade, principalmente no pavimento, tendo a localização e identificação do responsável pelo buraco aberto na via. O controle do Geoinfra permitiu que a Prefeitura identificasse a concessionária, que é notificada a fazer o conserto.