Primeira-dama do Rio é alvo da Operação que afastou seu marido do governo

Segundo a PGR, escritório da primeira-dama, Hekena Witzel, foi utilizado para “escamotear pagamentos indevidos ao governador, Wizel

  • Data: 28/08/2020 12:08
  • Alterado: 28/08/2020 12:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Primeira-dama do Rio é alvo da Operação que afastou seu marido do governo

A primeira-dama voltou a ser alvo de buscas da operação "Tris in Idem"

Crédito:Reprodução

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A PGR denunciou o governador afastado Wilson Witzel e mais oito pessoas em razão de pagamentos feitos por empresas ligadas a Mário Peixoto, preso na Lava Jato, e pela empresa da família de Gothardo Lopes Netto ao escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel.

O Ministério Público Federal informou que as contratações “foram um artifício para permitir a transferência indireta de valores” e apontou que a acusação foi apresentada uma vez que os “fatos já suficientemente comprovados”.

A denúncia atinge, além do governador e sua esposa, o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Lucas Tristão, o empresário Mário Peixoto, os supostos operadores de Alessandro Duarte e Cassiano Luiz, o sócio de Peixoto Juan Elias Neves de Paula, o ex-subsecretário João Marcos Borges Mattos e o ex-prefeito de Volta Redonda Gothardo Lopes Netto.

Ao pedir o afastamento de Witzel e a deflagração da operação “Tris in Idem” na manhã desta sexta-feira, 28, o Ministério Público Federal argumentou que o escritório da primeira-dama “foi utilizado para escamotear o pagamento de vantagens indevidas ao governador, por meio de contratos firmados com pelo menos quatro entidades da saúde ligadas a membros da organização criminosa (Gothardo Lopes Netto, Mário Peixoto e Pedro Fernandes) e recebimento de R$ 554.236,50, entre agosto de 2019 e maio de 2020”.

Segundo os procuradores, o escritório de Helena Witzel, foi “contratado para operacionalizar a prática de corrupção e posterior lavagem de capitais, mediante a perene atuação de Lucas Tristão e Gothardo Lopes”.

O Ministério Público Federal já havia apontado “vínculo bastante estreito e suspeito” entre Helena e a empresa DPAD Serviços Diagnósticos Limitada, de Alessandro de Araújo Duarte, suposto operador de Mário Peixoto, nos autos da primeira fase da investigação sobre irregularidades na Saúde fluminense, a Placebo.

Na ocasião, a Procuradoria revelou contrato de prestação de serviços e honorários advocatícios firmados entre o escritório de Helena Witzel e a empresa de Alessandro Duarte, incluindo comprovante de transferência de recursos. Documentos que apontariam pagamentos à esposa do governador do Rio foram encontrados pela Polícia Federal em mensagens datadas de 14 de abril no e-mail do empresário.

“Como relatado acima, no caso dos autos, o escritório de advocacia da Primeira-Dama do Estado do Rio de Janeiro H.A.B.W. (Helena Alves Brandão Witzel) supostamente realizou contratos com empresas investigadas, sem que a investigação, até o momento encontra-se provas da prestação do respectivo serviço, o que explicita possível exercício profissional de atividade delitiva” escreveu o ministro Gonçalves, ao autorizar buscas da primeIra fase da operação.

A primeira-dama voltou a ser alvo de buscas da operação “Tris in Idem”, deflagrada nesta manhã para investigar corrupção em contratos públicos do Executivo fluminense.

Defesa

A defesa do governador Wilson Witzel divulgou nota dizendo que “recebe com grande surpresa a decisão, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis”.

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  • Data: 28/08/2020 12:08
  • Alterado:28/08/2020 12:08
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  • Fonte: Estadão Conteúdo









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