Presidente do Conselho de Ética repercute pedido de prisão

Pedido de prisão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), deve fazer deputados repensarem voto, diz José Carlos Araújo (PR-BA)

  • Data: 07/06/2016 11:06
  • Alterado: 07/06/2016 11:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Presidente do Conselho de Ética repercute pedido de prisão

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O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou na manhã desta terça-feira, 7, que o pedido de prisão do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) deve fazer integrantes do colegiado repensarem seus votos em relação ao peemedebista. O conselho discute e pode votar hoje parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) pedindo a cassação do peemedebista.

“Não posso dizer se (o pedido de prisão) influencia ou não (os trabalhos no Conselho de Ética), mas vai fazer os deputados repensarem”, afirmou Araújo. Segundo o deputado, o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, não faria um pedido de prisão desses se não tivesse bem embasado.

“Um pedido desse denigre a imagem da Câmara. É uma coisa a se lamentar”, afirmou. Janot também pediu prisão do ex-presidente José Sarney e dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado.

José Carlos Araújo voltou a acusar Cunha de interferir nos trabalhos da Câmara, mesmo afastado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o parlamentar do PR, o presidente afastado da Casa continua manobrando no Conselho de Ética para tentar se salvar da cassação, por meio de trocas de membros do colegiado e recursos regimentais. “O Conselho de Ética sente a cada instante os dedos de Eduardo Cunha”, afirmou.

O presidente do colegiado previu que a votação do parecer pela cassação de Cunha pode não acabar nesta terça-feira. Antes de começar a votação, 17 deputados estavam inscritos para discutir o parecer. Araújo lembrou que os trabalhos do colegiado terão de ser interrompidos quando começarem as votações na sessão plenária.

Diante disso, disse que pretende retomar os trabalhos do conselho ainda hoje ou nesta quarta-feira, dependendo do horário em que as votações acabarem no plenário.

VOTAÇÃO
Os deputados aliados de Eduardo Cunha acreditam que o relatório que será analisado no Conselho de Ética não será aprovado. Eles avaliam que o resultado será “justo” e que o peemedebista terá condições de se defender contra um processo de cassação no Supremo Tribunal Federal.

Representantes da oposição, por sua vez, esperam um empate na votação, em dez a dez, com um voto favorável ao relatório por parte do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR/BA). O relator é o deputado Marcos Rogério (DEM-RO).

“O placar vai ser justo, o relatório vai ser derrotado. Cunha tem que demonstrar esclarecimentos à Justiça e nada melhor do que parlamentar poder ser julgado pela Suprema Corte do País”, afirmou o deputado Washington Reis (PMDB-RJ), em entrevista à TV Câmara instantes antes do início da sessão do Conselho de Ética.

Os deputados Léo de Brito (PT-AM) e Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS), por sua vez, acreditam que a votação na Comissão será favorável ao relatório, o qual pede a cassação do mandato parlamentar do peemedebista. À TV Câmara, ambos projetavam um empate em dez a dez, com voto de desempate dado pelo presidente da Comissão de Ética, a favor da cassação de Cunha. O voto decisivo deve ser dado pela deputada Tia Eron (PRB-BA).

Na visão de Carlos Marun (PMDB-MS), Araújo deveria se isentar de votar. “Suas atitudes sempre foram parciais no sentido de acelerar a cassação de Cunha”, comentou Marun, outro aliado de Cunha, em entrevista à TV Câmara.

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  • Data: 07/06/2016 11:06
  • Alterado:07/06/2016 11:06
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  • Fonte: Estadão Conteúdo









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