Prefeitura de SP quer destombar palacete que corre risco de colapso
Construção de 1913 teve desabamento parcial no sábado (13) e está interditada
- Data: 15/01/2024 13:01
- Alterado: 15/01/2024 13:01
- Autor: Francisco Lima Neto
- Fonte: Folhapress
Situação do casarão após desabamento parcial no sábado (13)
Crédito:Divulgação/Alexandre Giesbrecht
A Prefeitura de São Paulo afirma que providenciará um laudo para possível destombamento de um palacete que desabou parcialmente no sábado (13) na rua Artur Prado, 376, na Bela Vista. A decisão abre caminho para a demolição do imóvel.
O palacete, que data de 1913, foi tombado pelo patrimônio histórico em 2002 e está abandonado, sem manutenção, há anos.
O prédio recebeu, a partir de 2011, diversas estacas para ajudar na sustentação. No sábado, porém, a Defesa Civil realizou uma vistoria e constatou que ele corre o risco de desabar.
O local foi interditado, e o prédio vizinho teve a área de circulação e o corredor lateral interditados pelo risco de serem atingidos em caso de colapso.
“Para agilizar o atendimento emergencial, os técnicos da Subprefeitura Sé farão o laudo para o destombamento do casarão perante o risco iminente”, diz a gestão municipal.
Após o laudo e a decisão dos órgãos de patrimônio, seja pela restauração ou pela demolição, a Subprefeitura Sé tomará as providências junto ao proprietário do casarão, acrescenta.
De acordo com o site São Paulo Antiga, mantido por Douglas Nascimento, presidente do Instituto São Paulo Antiga e integrante do IHGSP (Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo), o palacete foi construído para ser residência da família Ribeiro da Luz até meados dos anos 1980. O engenheiro Cristiano Ribeiro da Luz e a benemérita Vicentina Ribeiro da Luz, pioneira do serviço social em São Paulo, cresceram no local, de acordo com o site.
Até o começo de 2022, o prédio tinha cerca de R$ 410 mil em IPTU atrasado, segundo a publicação.
Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo em 9 de agosto de 2011 já mostrava que o imóvel apresentava risco de desabar e era mantido em pé sustentado por escoras. Na ocasião, uma administradora do prédio disse que o IPTU era de R$ 25 mil anuais e que o proprietário não tinha condições de pagar, nem de restaurar o imóvel.