Prefeitura de SP fecha acordo para realização da 1ª Copinha Feminina de Futebol
Parceria com a Federação Paulista traz o mais importante campeonato de base do mundo, agora também para mulheres. Primeira edição acontecerá em dezembro com a participação de 16 equipes
- Data: 02/06/2023 12:06
- Alterado: 02/06/2023 12:06
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
1ª Copinha Feminina de Futebol
Crédito:Prefeitura de SP
A Prefeitura de São Paulo firmou nesta sexta-feira (02) um acordo com a Federação Paulista de Futebol (FPF) para realização da primeira edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior Feminina. Programada para dezembro, a competição contará com um aporte de cerca de R$ 3,5 milhões da administração municipal para arcar com o suporte operacional e viabilizar a realização do campeonato.
“Nosso objetivo é continuar dando oportunidades para todos e trazer cada vez mais as mulheres para a prática esportiva. Ações como essa são muito importantes e ainda podem render frutos com a revelação de novos talentos”, disse o prefeito Ricardo Nunes.
Vice-presidente da FPF, Mauro Silva, destacou que essa parceria é um gol de placa da gestão Ricardo Nunes. “É uma decisão muito importante pois é uma reparação histórica. As mulheres foram proibidas de jogar futebol durante 40 anos no Brasil e quem organizou a primeira Copa São Paulo de Futebol Masculino foi a secretaria [de Esportes]”, contou.
Programada para dezembro de 2023, a Copinha feminina contará com a participação de 16 equipes que serão divididas em quatro grupos. Após a fase de grupos acontecem as semifinais e a grande final. A definição dos participantes acontecerá nos próximos meses.
O secretário municipal de Esportes e Lazer, Cacá Vianna, conta que as tratativas para realização da competição já acontecem desde 2022. “Mais uma vez a cidade de São Paulo mostra para o mundo a importância das meninas do futebol brasileiro partindo de São Paulo. É um início e tenho certeza de que as próximas edições serão muito maiores”, explicou. “São Paulo sai na frente principalmente naquilo que é de bom para o esporte, que é o maior incentivo de transformação social que a gente tem no Brasil. Será mais do que um campeonato. É uma forma de reparar aquele direito que lá atrás na ditadura militar foi tirado das meninas que tinham a vontade de jogar futebol”, completou.
Proibidas de jogar futebol por 40 anos, as mulheres vêm ganhando cada vez mais protagonismo. A atual edição do Campeonato Paulista, por exemplo, distribuirá, R$ 3,1 milhões em premiações.
Em crescimento, as competições femininas também estão caindo nas graças do público. Mais de 4,8 milhões de pessoas acompanharam a final da edição do Paulistão Feminino pela televisão e outras 20.071 assistiram à partida entre Palmeiras e Santos do estádio.
“A competição masculina tem 128 clubes e é a maior competição de base do mundo. A gente começa [a feminina] com 16, mas a nossa expectativa é que a gente vá ampliando a cada ano o número de clubes participantes e com equipes de todo o Brasil”, disse o vice-presidente da FPF, Mauro Silva. “Esse campeonato entra no calendário das competições importantes da federação e da cidade de São Paulo e já com protagonismo. Será um resgate histórico apoiando uma modalidade perseguida durante tantos anos no Brasil”, concluiu.