Prefeitura de Sorocaba amplia atendimento nas UBS para conter surto de gastroenterocolite
Sete unidades de saúde reforçam equipes e instalam salas adicionais devido ao aumento expressivo de casos no início do ano
- Data: 07/01/2025 20:01
- Alterado: 07/01/2025 20:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: FOLHAPRESS
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A prefeitura de Sorocaba, no interior de São Paulo, tomou medidas para ampliar o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em resposta ao aumento expressivo de casos de gastroenterocolite aguda. Diante da situação emergencial, sete postos de saúde receberam um incremento de 10% no quadro de profissionais e a instalação de salas adicionais para atender os pacientes afetados.
Aumento alarmante nos casos
Em dezembro, os sete postos do município registraram 3.352 atendimentos relacionados a viroses. Nos primeiros sete dias de janeiro, já foram contabilizados 1.183 atendimentos. A região litorânea é a mais impactada pelo surto, caracterizado por sintomas como náuseas, diarreia e vômitos, cuja origem ainda não foi completamente esclarecida. Especialistas indicam uma causa viral.
Conforme comunicado oficial da prefeitura, o reforço nas equipes inclui a contratação de mais um médico e três profissionais de enfermagem por unidade. A administração afirmou que, dependendo da evolução da demanda, o atendimento poderá retornar à normalidade em breve.
As UBSs funcionam das 7h às 19h, enquanto os postos de urgência e emergência operam 24 horas. A ampliação no atendimento não comprometerá serviços regulares, como exames preventivos e vacinação.
Investigações sobre a causa do surto
Embora a etiologia do surto no litoral paulista ainda seja incerta, suspeita-se de agentes como enterovírus – rotavírus e norovírus – ou bactérias como Salmonella, Escherichia coli e Shigella. Guarujá, onde o surto teve início, aguarda análises do Instituto Adolfo Lutz para determinar a origem exata das infecções.
Problemas com vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na praia da Enseada são apontados como possíveis agravantes. Outros municípios costeiros, como Santos e Praia Grande, também registraram casos similares.
A infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês, explicou que muitos infectados retornam das praias para outras regiões, mas ressaltou que é improvável um surto em áreas afastadas do litoral devido à natureza do vírus.
Orientações de prevenção
- Evitar praias consideradas impróprias pela CETESB e banhos de mar após chuvas;
- Não consumir alimentos mal cozidos ou mal refrigerados;
- Observar condições higiênicas de quiosques e lanchonetes;
- Lavar bem as mãos antes de comer e após ir ao banheiro;
- Beber água filtrada ou mineral;
- Intensificar a hidratação em casos de diarreia e procurar assistência médica se necessário.