Planejamento da gravidez

Acompanhamento clínico é importante para detectar doenças que podem dificultar a gestação

  • Data: 06/03/2025 14:03
  • Alterado: 06/03/2025 14:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: CHN
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Crédito:TV Brasil

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Muito se fala da importância dos exames de pré-natal para a saúde da mãe e do bebê. Mas, antes da gestação, também existem exames e acompanhamentos que devem ser considerados, principalmente, se a mulher já estiver tentando há algum tempo. De acordo com a dra. Lorenna Belladonna, ginecologista e obstetra do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), que faz parte da Rede Américas RJ, é através da consulta com um ginecologista que ele poderá analisar questões relacionadas à fertilidade e orientar sobre os exames iniciais.

“Esse acompanhamento é indicado caso a mulher tenha até 35 anos e esteja há mais de um ano tentando engravidar com relação sexual regular ou se tem mais de 35 anos e está há mais de seis meses na tentativa. Além da rotina ginecológica em dia, o ideal é iniciar a suplementação com ácido fólico, importante para o desenvolvimento do bebê no útero, e avaliar se existe alguma comorbidade, como pressão alta, e se ela está devidamente controlada”, explica a especialista.

Os exames laboratoriais e de imagem têm papel fundamental, a começar pelos testes hormonais, que avaliam os níveis de hormônios importantes para a fertilidade, como o hormônio folículo-estimulante (FSH), o hormônio luteinizante (LH) e a progesterona. Já a dosagem do hormônio anti-Mülleriano (HAM) visualiza a reserva ovariana, enquanto que os exames de sangue verificam a presença de doenças infecciosas, como sífilis, HIV e hepatites. Outra análise importante é a realizada pelo médico sobre a necessidade de investigações que avaliam doenças endócrinas, como diabetes e problemas de tireoide.

Ultrassonografia transvaginal e ultrassom pélvico analisam os órgãos reprodutivos e detectam miomas, cistos ovarianos ou pólipos uterinos, que podem dificultar a concepção. A histerossalpingografia, um exame de raios X com contraste, verifica a permeabilidade das trompas de Falópio e a presença de anomalias na cavidade uterina.

Além do acompanhamento com o especialista, a dra. Lorenna reforça que o estilo de vida também influencia as chances de engravidar. Por isso, é indicado que a paciente mantenha uma dieta equilibrada, rica em vitaminas e minerais, e uma rotina regular de exercícios.

Exames de rotina ajudaram mulher a descobrir endometriose profunda e, depois de tratamento, realizar o sonho da maternidade

A endometriose é uma das doenças que podem comprometer a fertilidade. Quando classificada como “profunda”, cerca de 50% das pacientes podem ter dificuldades para engravidar. Porém, ao ser tratada de forma adequada, ela tende a ser revertida. Foi o que aconteceu com Caroline da Cruz Moraes, de 32 anos, que descobriu o quadro durante um check-up ginecológico.

“Minha menstruação era regular e eu não sentia cólicas fortes nem dor pélvica. Fiz os exames de rotina, pois eu e meu marido estávamos começando a planejar uma gestação, e eu queria estar saudável. Foi quando descobri a endometriose e soube que isso poderia ser um impeditivo para engravidar”, afirma Caroline.

“Quando detectaram a doença, ela já tinha tomado o ovário e o intestino. Decidi fazer uma cirurgia robótica para que a doença não impedisse o nosso sonho”, complementa.

Evidências mostram que pacientes com endometriose tratadas por cirurgia têm mais chances de engravidar de forma natural, podendo chegar a 80%. Caroline foi operada no CHN pelo dr. Thiago Borges, cirurgião especialista em endometriose, e, 24 horas depois, já estava em casa.

“Ficamos muito surpresos porque consegui engravidar apenas um mês depois da cirurgia! Como havia tido uma ótima experiência no CHN, aproveitei para fazer o pré-natal e o parto normal no mesmo hospital, e a minha filha, Luísa, nasceu saudável.”

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  • Data: 06/03/2025 02:03
  • Alterado:06/03/2025 14:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: CHN









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