PIB cai 9,7% no 2º trimestre de 2020, segundo o IBGE_x000D_
O Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 9,7% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior
- Data: 01/09/2020 14:09
- Alterado: 01/09/2020 14:09
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Na comparação com o segundo trimestre de 2019
Crédito:Reprodução
Na comparação com o segundo trimestre de 2019, o PIB caiu 11,4%. Ambas as taxas foram as quedas mais intensas da série, iniciada em 1996. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho, houve queda de 2,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
Os dados foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a queda, o PIB do segundo trimestre ficou em nível equivalente ao visto no segundo semestre de 2009 e está 15,1% abaixo do pico, registrado no primeiro trimestre de 2014, antes de a economia entrar na recessão anterior à atual.
Além de pior desempenho na atual série histórica do IBGE, o tombo do PIB no segundo trimestre ante os três primeiros meses do ano é também a maior queda para um trimestre desde 1980, conforme cálculos dos pesquisadores do Monitor do PIB, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
Numa série recalculada desde 1980, quando começaram a ser calculados dados trimestrais para o PIB, o pior resultado anterior estava com o quarto trimestre de 1990, quando a queda foi de 4,4% ante o terceiro trimestre daquele ano – os dados foram estimados antes da divulgação das informações desta terça-feira, 1º, sobre o PIB, ou seja, podem ser alterados por revisões na série com ajuste sazonal.
Os dados do PIB do primeiro semestre também sinalizam para o pior resultado anual da história documentada. Na série anual mais antiga, referenciada em estudos acadêmicos e compilada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que começa em 1901, o pior desempenho até aqui havia sido registrado em 1990, ano do confisco das poupanças pelo governo Fernando Collor, quando o PIB despencou 4,3%.
Mesmo na Grande Depressão, as retrações foram estimadas em 2,1% (1930) e 3,3% (1931). Na recessão de 2014-2016, houve retrações anuais de 3,5% (2015) e 3,3% (2016).