PF revela indícios de plano golpista envolvendo Bolsonaro
Ex-presidente é acusado de conspirar contra Lula em trama abortada por falta de apoio militar.
- Data: 26/11/2024 19:11
- Alterado: 26/11/2024 19:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Carolina Tavares/Presidência da República
A recente investigação da Polícia Federal aponta indícios preocupantes sobre a suposta participação do ex-presidente Jair Bolsonaro em um plano golpista que visava assassinar autoridades brasileiras, incluindo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo as investigações, denominadas “Punhal Verde Amarelo”, uma série de evidências como diálogos interceptados, localização de celulares e reuniões secretas sugerem que Bolsonaro estava ciente do plano.
De acordo com o relatório da PF, o plano teria sido arquitetado pelo general da reserva Mario Fernandes. Em novembro de 2022, documentos cruciais foram impressos no Palácio do Planalto e logo após, discussões sobre o golpe teriam ocorrido no Palácio da Alvorada entre Bolsonaro e seus aliados. As atividades suspeitas se intensificaram em dezembro, com a impressão repetida dos documentos e a compra de celulares descartáveis para facilitar comunicações sigilosas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, no entanto, nega qualquer envolvimento ou conhecimento do plano. Ele afirma que jamais apoiaria algo que estivesse fora das “quatro linhas” da Constituição, rejeitando categoricamente a pena de morte como meio político.
Apesar das tentativas golpistas, a operação foi abortada devido à falta de apoio crucial das Forças Armadas. Comandantes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contra qualquer ação que ameaçasse a democracia brasileira, enquanto apenas a Marinha manifestou algum apoio inicial.
A investigação da PF conclui que as ações planejadas tinham como objetivo manter Bolsonaro no poder além de seu mandato legítimo. Contudo, o fracasso do golpe foi atribuído à resistência dos militares em participar do esquema.
Este caso destaca a importância de manter a integridade democrática e reforça o papel vital das instituições em proteger o Estado democrático de Direito no Brasil.