Petrobras Apresenta Balanço de Política de Preços em Meio a Volatilidade no Mercado

Petrobras apresenta relatório de preços em meio a incertezas; reajustes no diesel e gasolina podem impactar popularidade do governo.

  • Data: 29/01/2025 19:01
  • Alterado: 29/01/2025 19:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Petrobras Apresenta Balanço de Política de Preços em Meio a Volatilidade no Mercado

Crédito:Agência Petrobras

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Em um cenário marcado por incertezas relacionadas aos preços dos combustíveis, a diretoria da Petrobras compartilhou nesta quarta-feira (29) com o conselho de administração um relatório sobre o desempenho da política de preços da empresa no último trimestre de 2024.

A diretoria destacou que, apesar das discrepâncias em relação aos valores internacionais, a política de preços foi respeitada, assegurando que a venda de combustíveis ocorresse acima do preço de custo, porém abaixo dos preços praticados pelos concorrentes. Essa estratégia foi delineada durante a gestão de Jean Paul Prates.

Durante a apresentação aos conselheiros, a empresa observou que o mercado continua apresentando alta volatilidade. Contudo, garantiu que os preços permanecem dentro dos limites definidos pela política estabelecida.

Conforme informações da coluna Painel S.A., na segunda-feira (27), a Petrobras havia sinalizado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a necessidade iminente de um reajuste no preço do diesel, que não sofre alterações há mais de um ano, mesmo diante das flutuações do dólar e do petróleo.

A Folha apurou que após o encontro, conselheiros alinhados ao governo manifestaram que a situação econômica se mostra mais favorável desde o início do ano. A queda nas cotações do dólar e do petróleo internacional aliviou as pressões para ajustes nos preços neste momento.

Um dado relevante diz respeito à diferença entre o preço do diesel comercializado pela Petrobras e a paridade de importação, calculada pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Essa defasagem caiu de aproximadamente R$ 1 por litro em meados de janeiro para R$ 0,55 por litro na abertura do mercado desta quarta-feira (29).

Embora a Petrobras não siga rigorosamente o conceito de paridade de importação em sua política de preços, este indicador continua sendo um importante parâmetro utilizado por analistas financeiros para monitorar os preços.

Analistas do Itaú BBA relataram em uma nota divulgada na terça-feira (28) que “nos últimos dias, todos os fatores que influenciam os preços internacionais tiveram uma tendência de queda, resultando em uma diminuição nas referências de preço para gasolina e diesel”.

Vale lembrar que as decisões sobre possíveis reajustes nos combustíveis não são deliberadas pelo conselho da Petrobras. A responsabilidade recai sobre um grupo que inclui a presidente Magda Chambriard e os diretores Fernando Melgarejo (Financeiro) e Claudio Schlosser (Comercialização e Logística).

A cada três meses, a gestão apresenta ao conselho informações sobre o cumprimento da política de preços referente ao trimestre anterior, embora não haja uma votação formal sobre este assunto.

A presidente Magda não compareceu à reunião do conselho devido à sua presença em Brasília para discutir questões ambientais relacionadas à exploração petrolífera na margem equatorial. Também estava ausente o representante do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

A reunião perdeu parte da sua relevância após a saída do presidente do colegiado, Pietro Mendes, secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia (MME).

Independente das deliberações da Petrobras, um aumento nos preços da gasolina e do diesel está previsto para este sábado (1), em decorrência da elevação no ICMS. Isso adiciona mais pressão à já delicada popularidade do governo, afetada pela inflação dos alimentos.

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  • Data: 29/01/2025 07:01
  • Alterado:29/01/2025 19:01
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  • Fonte: Folhapress









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