Peru: sobe para 17 número de mortos em confrontos entre manifestantes e policiais
O grupo pede a convocação de novas eleições gerais após o ex-presidente Pedro Castillo ser destituído do cargo por tentar um golpe de Estado
- Data: 10/01/2023 15:01
- Alterado: 10/01/2023 15:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
O número de mortos nos confrontos entre policiais e manifestantes opositores da presidente do Peru, Dina Boluarte, subiu para 17 no final da noite desta segunda-feira, 9. Os conflitos ocorrem na cidade de Juliaca, sul do país. O grupo pede a convocação de novas eleições gerais após o ex-presidente Pedro Castillo ser destituído do cargo por tentar um golpe de Estado.
A série de violências começou após os manifestantes tentarem ocupar o aeroporto da cidade. O número de óbitos passou de 12 para 17 nas últimas horas depois da morte de cinco dos quase 40 feridos registrados. De acordo com o responsável de saúde do Hospital Carlos Monge, para onde foram transferidas as vítimas, elas foram socorridas com marcas de projéteis no corpo.
“O que está acontecendo é um massacre entre os peruanos, peço que se acalmem, não se exponham”, exclamou o prefeito de Juliaca Oscar Cáceres, em um apelo desesperado à população por meio da rádio La Decana, daquela localidade. Com o novo balanço, o quantitativo de pessoas mortas nas manifestações chega a 39 em quase um mês de protestos.
As ações violentas desta segunda-feira ocorreram quando uma multidão de cerca de duas mil pessoas tentou invadir o aeroporto da cidade de Juliaca, localizada 1,3 mil quilômetros ao sul de Lima, na região de Puno. “Hoje, mais de nove mil pessoas se aproximaram do aeroporto de Juliaca e aproximadamente duas mil delas iniciaram um ataque impiedoso contra a polícia e as instalações, utilizando armas improvisadas e cargas duplas de pólvora, gerando uma situação extrema”, disse o chefe de gabinete Alberto Otárola.
No momento, o aeródromo está sob proteção policial e militar. Uma tentativa de aquisição semelhante ocorreu no sábado, mas sem mortes. “Os policiais estavam atirando em nós (…) pedimos que a senhora Dina (Boluarte) renuncie (…) aceite que o povo não te ama”, disse um manifestante à AFP.