Ouvidoria Racial vai ao Ministério Público tratar de racismo nas escolas
Serviço é prestado pela Coordenação de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR)
- Data: 04/03/2024 17:03
- Alterado: 04/03/2024 17:03
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Casos em estabelecimentos estaduais tem aumentado nos últimos anos
Crédito:CREPPIR
Na última quarta-feira (28), a Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR) de Diadema esteve na 5ª Promotoria de Justiça para abordar a questão do aumento do racismo nas escolas estaduais do município. Além de coordenadora Márcia Damaceno e da promotora Marília Molina Schlitter, estavam presentes também Regina Sant’Anna, presidenta do Conselho Municipal da Igualdade Racial; Wilson Roberto Levy, do Fórum de Promoção da Igualdade Racial Benedita da Silva; a Dirigente de Ensino Estadual de Diadema, Soraya Nahas; e o supervisor de Ensino Estadual José Carlos Lúcio.
“O serviço da Ouvidoria Racial da Prefeitura tem atendido diversas mães cujos filhos sofrem racismo e muitas relatam que procuram a direção escolar, mas que não têm tido respaldo para resolver a situação,” pontuou Márcia Damaceno. “A ouvidoria existe por meio de um convênio firmado entre o Grupo de Trabalho de Igualdade Racial do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que recebe as denúncias, e a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, para onde são encaminhadas. Mas não temos acesso à resolução dos casos, uma vez que fica a cargo dos defensores públicos estaduais dialogar com a vítima e o agressor.”
Para Márcia, é preciso um canal aberto de diálogo com a Diretoria de Ensino para tentar sanar esses casos de violência e de racismo nas escolas, fazendo parcerias para que haja formações na rede escolar tanto para os adolescentes, como para professores e famílias. “A Prefeitura, por meio da CREPPIR, tem levado a campanha de enfrentamento ao racismo e injúria racial a todos os equipamentos públicos municipais e queremos que os dirigentes das escolas estaduais abracem essa causa,” afirmou.
O representante da Diretoria de Ensino informou que casos de racismo e outro tipos de violências são encaminhado para o programa de atendimento psicológico das escolas, mas para a coordenadora do CREPPIR, é preciso ir além: “Não podemos tratar desses casos apenas de forma pontual, individual, mas como uma questão coletiva.”
Ao final do encontro, a promotora solicitou que fosse estabelecido um canal de comunicação da ouvidoria racial de Diadema com a Diretoria de Ensino para que as denúncias também fossem ali encaminhadas, a fim de que sejam apuradas com mais agilidade e com a devida punição aos responsáveis.