Osesp apresenta ‘O Castelo de Barba Azul’ na Sala São Paulo

OSESP segue com Sir Richard Armstrong no pódio e convida solistas Karen Cargill e David Stout nesta semana

  • Data: 03/04/2023 14:04
  • Alterado: 03/04/2023 14:04
  • Autor: Redação
  • Fonte: Osesp
Osesp apresenta ‘O Castelo de Barba Azul’ na Sala São Paulo

Sir Richard Armstrong

Crédito:Mats Bäcker

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Dando continuidade à Temporada 2023 – Sem Fronteiras na Sala São Paulo, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta novamente com o maestro britânico Sir Richard Armstrong entre quinta-feira (06/abr) e sábado (08/abr). Os solistas Karen Cargill (mezzo soprano) e David Stout (barítono), ambos britânicos, são os convidados no programa desta semana, que reúne composições de dois artistas do Leste Europeu: Minha Pátria: Vysehrad, do tcheco Bedrich Smetana, e a impressionante O Castelo de Barba Azul, do húngaro Béla Bartók – esta com participação dos cantores solistas. Lembrando que a performance de sexta-feira (07/abr), às 20h30, será transmitida ao vivo no canal oficial da Osesp no YouTube.

Quando a harpa, abrindo o ciclo Má Vlast, apresenta o primeiro tema, já sabemos que estamos diante de algo realmente grandioso. Quatro dos seis poemas sinfônicos que configuram Minha Pátria foram compostos por Bedrich Smetana (1824-1884) quando a surdez já o atingira (a partir de 1874) – o que só engrandece a figura desse que foi o fundador da escola nacionalista tcheca, sucedido por Dvorák (1841-1904) e, mais tarde, por Josef Suk (1874-1935), entre outros. Smetana concebera, inicialmente, uma obra sobre o curso do rio Moldava, Vltava, o segundo poema sinfônico do conjunto. Compôs, em seguida, Vysehrad (nome de uma lendária cidadela real na entrada de Praga), a peça que abre o ciclo, e, mais adiante, outras cinco, até reunir os seis poemas sinfônicos – Sárka (uma espécie de amazona tcheca), Dos Prados e Bosques da Boêmia, Tábor (o local de um acampamento de hussitas ) e Blaník (nome de uma montanha na República Tcheca). A vocação de Minha Pátria é, assim, dar conta dos diversos aspectos históricos, culturais, sociais e naturais que são considerados os mais relevantes daquele país.

A história de Barba Azul já havia sido transformada em ópera por Paul Dukas em 1907, tendo como ponto de partida a peça Ariadne e Barba Azul, de Maurice Maeterlinck. Três anos depois, o dramaturgo húngaro Béla Balázs publicou o seu Castelo do Duque Barba Azul, também baseado na obra de Maeterlinck, com uma dedicatória conjunta do texto a Bartók e Kodály, de quem esperava o interesse para que criasse uma ópera. Mas foi Bartók, que apreciava a obra de Dukas, quem resolveu usar o texto de Balázs para compor seu O Castelo de Barba Azul de fevereiro a setembro de 1911. A ideia era inscrevê-la em um concurso organizado pela Ópera de Budapeste com o intuito de se aproximar do público, já que a ópera era um gênero muito popular na época. No entanto, o resultado final, bem distante das convenções do teatro lírico da época, desagradou aos jurados conservadores, que recusaram a obra, declarando que ela seria “irrepresentável”. A estreia da obra ocorreu em 24 de maio de 1918, em Budapeste, sob regência do maestro italiano Egisto Tango, mas as resenhas não foram favoráveis. O amigo Kodály foi um dos poucos a perceber como os críticos estavam errados: “Trata-se de uma obra-prima, um vulcão musical em erupção durante 60 minutos de tragédia condensada e que nos deixa com apenas um desejo, que é ouvi-la de novo”.

SERVIÇO

06 de abril, quinta, às 20h30

07 de abril, sexta, às 20h30 –

08 de abril, sábado, às 16h30

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos

Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares

Recomendação etária: 07 anos

Ingressos: Entre R$ 50,00 e R$ 258,00 (preços inteiros)

Bilheteria (INTI): Neste link

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  • Data: 03/04/2023 02:04
  • Alterado:03/04/2023 14:04
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  • Fonte: Osesp









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