“O Sonho Americano” encerra sua temporada em São Paulo
O espetáculo revela aspectos da nossa sociedade, desde a ditadura, e emoções tais quais insegurança, medo e o desamparo, além das reações possíveis quando a pequena burguesia se vê numa situação crítica.
- Data: 24/10/2024 18:10
- Alterado: 24/10/2024 18:10
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
“O Sonho Americano” é ambientado no Brasil, nos anos 1970, no auge do endurecimento da ditadura militar. A peça revela aspectos da nossa sociedade hoje e emoções tais quais insegurança, medo e o desamparo, além das reações possíveis quando a pequena burguesia se vê numa situação crítica.
A história começa com a inesperada visita de Bento à sua tia, Antônia, e sua prima Beatriz. O rapaz é recém ingresso na luta armada, todavia, fracassa a sua primeira atuação contra repressão e ele precisa de um lugar para passar a noite até que seu grupo possa organizar sua fuga. Bento tem a mesma idade que Beatriz, tendo sido adotado quando ainda tinha sete anos. Assim, ambos cresceram muito próximos, como se fossem irmãos.
É por isso que Bento, mesmo que chegando inesperadamente e numa situação tão delicada, é muito bem recebido por ambas. As horas que passam juntos servem como um mergulho em memórias de família, conversas acerca da ditadura e expectativas para o futuro do Brasil. Mas, em algum momento, Beatriz recebe a informação de que foi aprovada para sua desejada pós-graduação em Harvard, e então tudo muda. Ela teme que a presença de um “subversivo” em sua casa possa prejudicá-la, e assim, ela é capaz de tudo, inclusive denunciar seu próprio primo.
Essa é a premissa de “O Sonho Americano”, que embora ambientada no início dos anos de 1970, estabelece conexões entre aquele período e tantos fatos atuais do Brasil.
Além do texto, Luiz Carlos Checchia assina também a direção do espetáculo que tem no elenco os atores Camila Costa Melo, Cristina Bordin, Flávio Passos, Gabriel Santana e Ruben Pignatari.
O espetáculo encerra sua temporada neste fim de semana, no Teatro Studio Heleny Guariba, em São Paulo.
Ficha técnica:
Texto e direção: Luiz Carlos Checchia
Realização: Cia Teatro dos Ventos
Elenco: Camila Costa Melo, Cristina Bordin, Flávio Passos, Gabriel Santana e Ruben Pignatari.
Luz e som: Iohann Iori
Produção: Lavinia Fernandes
Assistentes de Produção: Aline Castilho, André Pignatari e Lígia Gurgel.
Serviço:
“O Sonho Americano”
Últimas sessões
Até 27/10
Sábado às 20h e domingo às 19h
Teatro Studio Heleny Guariba – Praça Franklin Roosevelt, 184 – República, São Paulo – SP
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$20,00 (meia)
Link de compra de ingressos: www.linklist.bio/CiaTeatrodosVentos
Ou pela Sympla: https://www.sympla.com.br/eventos?s=%20Sonho%20Americano
Classificação etária: 14 anos
Lotação: 60 lugares
Duração: 100 minutos
Cia Teatro dos Ventos
Formada no ano de 2000. Em 2001 se constitui como grupo autônomo de pesquisa teatral cujas principais características são a busca pela teatralidade, o compromisso crítico, o olhar sobre as questões históricas por um recorte materialista histórico e, sobretudo, as ininterruptas pesquisas acerca das técnicas e estéticas teatrais.
O Dramaturgo
Luiz Carlos Checchia é dramaturgo, diretor teatral e historiador. Desenvolve quase todos os seus trabalhos junto à Cia Teatro dos Ventos, grupo que fundou na cidade de Osasco, em 2000. Em 2022, a prestigiada Giostri Editora, especializada em livros de pesquisa teatral e dramaturgia, selecionou a peça teatral Brasil: Ano Zero para o seu selo Dramaturgia Nacional. Escreveu e dirigiu peças e roteiros para audiovisual, dos quais se destacam: Caso 122; Ainda Temos Tempo, Mas É Pouco; Notícias do Amanhã, Txai, Irmãos do Tempo e da Terra; Balaio Liberta; A Menina e o Livro; O Preço do Feijão; Máquinas Paradas; A Verdadeira História da Guerra de Tróia e outras. Também dirigiu textos de Gil Vicente, Brecht e Shakespeare. A convite, dirigiu a Cia Letra Jovem nos espetáculos Til e Memórias de Um Sargento de Milícias, e o espetáculo musical Elementos Brasil, com o Madrigal Voz Ativa.