Nubank anuncia adesão ao Desenrola e pode limpar 1 milhão de nomes

O cliente que deve até R$ 100 terá o nome retirado da lista de inadimplentes assim que aderir ao Desenrola, caso não tenha dívidas de outras origens como luz, água e lojas

  • Data: 19/07/2023 21:07
  • Alterado: 01/09/2023 16:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Lucas Bombana/FolhaPress
Nubank anuncia adesão ao Desenrola e pode limpar 1 milhão de nomes

 

Crédito:Divulgação

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O Nubank anunciou nesta quarta-feira (19) que vai aderir ao programa Desenrola Brasil, voltado para a renegociação de dívidas em atraso.

“Após concluir a análise técnica dos requisitos já disponíveis do Desenrola, o Nubank confirma que participará do programa. A instituição dará baixa na negativação das pessoas com dívidas de até R$ 100 e compartilhará mais detalhes de sua adesão conforme avançar no processo”, informou a fintech em comunicado.

Os cinco grandes bancos -Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa- já haviam anunciado nos últimos dias a adesão ao programa.

Banrisul, Daycoval, Inter, PagBank e Pan confirmaram que também participarão. Os clientes podem entrar em contato com os bancos para quitar dívidas adquiridas entre 2019 e 2022.

Na segunda-feira (17), o ministro Fernando Haddad (Fazenda) declarou que o número de brasileiros com dívidas de até R$ 100 que pode ficar com o nome limpo pode chegar a 2,5 milhões se todos os bancos aderirem ao programa.

“Tem um banco só que estava em dúvida se aderia ou não, porque viu pouca vantagem no crédito presumido, e tem 1 milhão de CPFs negativados”, disse o ministro em referência ao Nubank. “Se aderirem todos os grandes bancos, são 2,5 milhões de CPFs [desnegativados].”

O cliente que deve até R$ 100 terá o nome retirado da lista de inadimplentes assim que aderir ao Desenrola, caso não tenha dívidas de outras origens como luz, água e lojas.

Isso permitirá ao participante obter outras linhas de crédito ou assinar contrato de aluguel, por exemplo. Porém, a dívida deve ser paga e a pessoa voltará a ter o “nome sujo” se não quitar as parcelas renegociadas em dia.

O Nubank disse ainda que “informará, oportunamente, as condições e critérios para renegociações no âmbito do programa, assim como os canais de atendimento que serão disponibilizados.”

Os bancos que aderiram ao Desenrola Brasil oferecem condições especiais para que seus clientes renegociem suas dívidas. As instituições apresentam descontos de até 96%, além de prazo de até dez anos para pagar.

Newsletter Folha Mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes. ***  Frente à demanda elevada de clientes em busca de renegociações, a Caixa anunciou que abrirá suas agências com uma hora de antecedência na sexta-feira (21). Segundo o banco público, a procura por negociação de dívidas dobrou em seus canais no período de dois dias.

A faixa 2 do programa anunciado pelo governo federal começou na segunda. Na faixa 2, podem aderir quem tem dívida bancária que gerou o “nome sujo” entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.

O participante deve ganhar entre R$ 2.640 (dois salários mínimos) e R$ 20 mil por mês, e terá prazo mínimo de 12 meses para pagar. A quantidade de parcelas e a taxa de juros serão negociadas com o banco.

Não há limite da quantia a ser quitada. Caso a instituição financeira não participe do programa, o correntista pode fazer a portabilidade da dívida para outro banco, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Também está previsto, para setembro, o lançamento da faixa 1, que vai englobar dívidas bancárias e não bancárias de até R$ 5.000 de famílias com renda de até dois salários mínimos (R$ 2.640).

A expectativa do governo é que 30 milhões de pessoas sejam beneficiadas e que R$ 50 bilhões possam ser renegociados.

Na avaliação de especialistas, o Desenrola Brasil deve favorecer um aumento na concessão dos empréstimos pelos bancos, e, ao mesmo tempo, reduzir o nível de inadimplência nas carteiras.

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  • Data: 19/07/2023 09:07
  • Alterado:01/09/2023 16:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Lucas Bombana/FolhaPress









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