Novo gasoduto apoia intenção da Europa de reduzir oferta da Rússia
A iniciativa gerará eletricidade, combustível para indústrias e para calefação das residências e pode colaborar para a UE reduzir sua grande dependência do gás natural da Rússia
- Data: 29/04/2022 11:04
- Alterado: 29/04/2022 11:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Um novo gasoduto, construído durante a pandemia da covid-19, já testado e que deve começar a operar em junho, deve garantir grandes fluxos nas duas direções, na fronteira entre Grécia e Bulgária. A iniciativa gerará eletricidade, combustível para indústrias e para calefação das residências e pode colaborar para a União Europeia reduzir sua grande dependência do gás natural da Rússia.
O duto ganha mais importância após a decisão nesta semana de Moscou de cortar envios de gás natural para Polônia e Bulgária. A Rússia quer receber em rublos, após ser atingida por sanções por causa da guerra na Ucrânia.
O gasoduto de 180 quilômetros é o primeiro de vários planejados para melhorar o acesso dos membros do leste da UE ao mercado global de gás. No curto prazo, é um reforço para a Bulgária. O duto dará ao país acesso a portos na vizinha Grécia que já importam gás natural liquefeito e também levará gás do Azerbaijão, por meio de um novo sistema de dutos que acaba na Itália.
A Alemanha, maior compradora de energia russa, busca construir terminais para importar gás natural, em um projeto que deve levar anos. A Itália, também grande importadora de gás da Rússia fechou acordo com Argélia, Azerbaijão, Angola e Congo para receber mais gás. A UE quer reduzir sua dependência do gás russo em dois terços neste ano e eliminá-la em mais de cinco anos por meio de fontes alternativas, como o uso de energia eólica e solar e a conservação ambiental.