Nova versão do Accelo – Leve e Fácil
Hegemônico nos caminhões pesados, câmbio automatizado chega às linhas de leves e médios no Mercedes-Benz Accelo
- Data: 05/06/2019 10:06
- Alterado: 05/06/2019 10:06
- Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira
- Fonte: Agência AutoMotrix
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Desde 2003, quando a transmissão I-shift foi apresentada no pesado Volvo FH, os câmbios automatizados não param de ganhar espaço no mercado brasileiro de caminhões. Hoje, são praticamente 100% no segmento de caminhões pesados e se tornaram predominantes nos semi-pesados. Agora, a Mercedes-Benz sai na frente ao ser a primeira a oferecer no Brasil a opção de transmissão automatizada nos segmentos de caminhões leves e médios. O câmbio totalmente automatizado dos caminhões Accelo foi desenvolvido em parceria com a Eaton e testado pela Jamef, uma das maiores transportadoras de cargas fracionadas do Brasil, que vem utilizando os modelos em serviços de entregas urbanas de encomendas urgentes e nas operações de transferência de carga entre suas unidades. “O Mercedes-Benz Accelo, que sempre atendeu às nossas expectativas, surpreendeu na versão automatizada, com bons resultados operacionais para a empresa. Há uma melhora no consumo, trazendo economia para a nossa operação de transporte. Além disso, essa tecnologia demanda menor custo de manutenção. Já o motorista ganha em conforto de dirigibilidade, melhor performance e produtividade”, comemora Michael Oliveira, diretor de Operações da Jamef.
Desde 2017, foram introduzidas mais de 15 novidades nos caminhões Accelo, entre elas, a cabina estendida, o banco do motorista pneumático e agora o câmbio automatizado. A fim de demonstrar na prática os benefícios dessas inovações no transporte e na distribuição urbana, a Mercedes-Benz, em conjunto com a Rede de Concessionários, começou a disponibilizar caminhões Accelo para uso em operações de empresas de transporte, como a Jamef. “O Accelo é a primeira linha de caminhões leves e médios a entregar o câmbio automatizado no mercado brasileiro. Além disso, somos a única marca a oferecer câmbio automatizado para toda a linha de caminhões, reforçando a liderança em tecnologia e o pioneirismo no país”, afirma Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.
O câmbio automatizado sem pedal de embreagem é um item opcional para a linha Accelo, que continua contando com as versões de câmbio manual. Para o 815, está disponível o modelo Eaton 6106A. Para o 1016 e o 1316, é a versão Eaton 6206ª, ambos com 6 velocidades. De acordo com a Mercedes-Benz, a grande vantagem das transmissões automatizadas é a otimização do consumo de combustível, pois o câmbio tem potencial para reduzir as diferenças de condução entre os motoristas, fazendo com que a média de consumo da frota melhore significativamente. Pelos dados da fabricante, no caso do Accelo, a redução de consumo de combustível pode atingir até 3% em operações urbanas, além de aliviar o estresse do motorista e tornar a condução muito mais segura. Ainda segundo a engenharia da Mercedes, o câmbio automatizado prolonga a vida útil da embreagem, reduzindo em muito o custo de manutenção e a operação do veículo.
Os modelos leves Accelo 815 (8.300 quilos de PBT – peso bruto total) e Accelo 1016 (9.600 quilos de PBT) e o médio Accelo 1316 (13 mil quilos de PBT) são equipados com o motor Mercedes-Benz OM 924 LA de 4,8 litros, o mesmo utilizado nos semi-pesados Atego de 17 toneladas. Conforme a Mercedes-Benz, o motor se destaca pela força, economia, robustez e durabilidade. O Accelo 1016 e o 1316 têm o maior torque da categoria, até 62,2 kgfm, e tem as maiores plataformas de carga da categoria, com até 0,55 metro a mais que seus principais concorrentes nos modelos 815 e 1016, equivalendo a cerca de três mil metros cúbicos a mais de volume de carga. No médio 1316, a diferença é até 1,85 metro maior que seus principais concorrentes, equivalendo a sete metros cúbicos a mais de volume de carga. O tanque adicional de combustível de 150 litros eleva para trezentos litros a capacidade total do caminhão, resultando na maior autonomia do segmento. Uma solução interessante para aplicações interurbanas e rodoviárias porque proporciona um melhor planejamento de paradas para abastecimento. Em relação ao preço, a Mercedes-Benz afirma que o câmbio automatizado acrescenta R$ 5 mil ao valor cobrado pelas versões com o câmbio manual.
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
Sem complicações
No pátio da Jamef, foi possível dar algumas voltas para avaliar o médio Accelo 1316 6×2 e do leve Accelo 1016 em suas versões com transmissão automatizada. O câmbio Eaton adotado no Accelo conta com dois modos de condução: função Eco (mais econômica) e Power (para situações de subidas de serra e ultrapassagens). A tecnologia também incorpora um sistema que reconhece a inclinação da pista e a carga do veículo para fazer a troca de marcha de forma mais correta, sem “trancos” e adequada de acordo com as condições de pista e do veículo. Vem equipado com auxílio de partida em rampa. Manobrar o caminhão é simples, graças ao seu reduzido círculo de viragem que, segundo a Mercedes-Benz, é até 1,2 metro menor em relação ao dos principais concorrentes. Os espelhos bem posicionados reforçam a segurança das manobras.
A cabina estendida se caracteriza por um prolongamento de 18 centímetros na parte traseira. Com isso, o banco do motorista ganha uma nova posição, recuada em 2,5 centímetros, que amplia o espaço para as pernas. A regulagem do encosto foi aumentada para 25 graus, algo que resulta em maior espaço e melhor ergonomia, principalmente para pessoas de maior estatura. O banco pneumático, oferecido como opcional na versão com cabina estendida, é bastante confortável, tem várias regulagens e oferece um alto padrão de ergonomia. O prolongamento da cabina estendida também permitiu a instalação de três porta-objetos atrás dos bancos, obtendo um ganho de volume de 32 litros. Aliado a uma rede na parede traseira, o espaço adicional torna-se uma alternativa prática para guardar objetos e bagagens.