No Dia do Servidor Público, saiba quem torna o trânsito de SP melhor e mais seguro
Atuação no órgão de trânsito demanda responsabilidade extra por servir à sociedade, o que tem se refletido no reforço das ações educativas, aumento de fiscalizações e melhoria no atendimento por meio da transformação digital de serviços
- Data: 28/10/2024 08:10
- Alterado: 28/10/2024 08:10
- Autor: Redação
- Fonte: Detran-SP
Marina Torres Barrichello, Agente Estadual de Trânsito
Crédito:Divulgação
Instituído por Getúlio Vargas em 1937, o Dia do Servidor Público foi criado para lembrar um personagem por vezes invisível. Por trás de um produto ou serviço prestado à sociedade, há diversas equipes em atividade, guiadas não apenas pelos princípios da administração pública, como impessoalidade, legalidade e eficiência, mas também pelas especificidades do órgão que representam.
No caso do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), o senso de responsabilidade social se soma ao cuidado necessário ao lidar com sonhos – o sonho do primeiro carro, de um trabalho novo, de uma viagem – e vem se refletindo no fortalecimento de campanhas educativas, no crescimento de operações de fiscalização e também em um atendimento mais rápido e eficiente ao cidadão, impulsionado pela revisão e hiper automação de processos.
“O Detran-SP vai além do simples fato de emitir uma habilitação ou transferir um veículo. A gente trabalha com sonhos. Existe um cidadão por trás de um veículo registrado, que depende daquele automóvel para ganhar a vida, ou que sonha com a primeira habilitação”, diz Eduardo Gomes, oficial administrativo.
No órgão de trânsito há quinze anos, Eduardo diz não se ver fora do setor público. “Tudo o que eu conquistei até agora foi graças ao serviço público. Quero retribuir, servindo à população da melhor maneira possível”, afirma o superintendente, para quem não há transformação tecnológica que supere a atuação de um servidor comprometido.
De fato, é de uma pessoa – na verdade, de muitas – o cérebro e a mão que desenvolvem e operam as soluções digitais, assim como a revisão de processos, fatores que, interligados, têm levado o Detran-SP a atuar com maior desembaraço e fluência, reduzindo tempo de resposta e melhorando a experiência do cidadão.
Em 2024, o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) contabilizou, até setembro, 763.000 solicitações respondidas – uma média de 85.000 por mês – envolvendo assuntos relacionados a licenciamento, renovação ou emissão de segunda via da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e emplacamento de veículos zero quilômetro. No mesmo período do ano passado, foram 128.658 demandas – pouco mais que 14.000 mensais, em média.
Contato e empatia
“Quando a gente pensa nas pessoas por trás das demandas que chegam, no impacto que o trabalho do Detran-SP tem sobre a população, a gente trata essas demandas de forma mais rápida”, diz Mariana Torres Barrichello, agente estadual de trânsito. “Ser servidora pública no Detran é saber que, de alguma forma, eu sempre vou estar participando da vida das pessoas. O trânsito está em todas as partes do nosso cotidiano. Ou você é pedestre ou você é condutor.”
Oficial administrativo, na superintendência de Franca, Thaís de Paula Neto acompanha exames práticos de direção e vistorias escolares em diversas cidades do interior. Pelo contato direto com as pessoas, chega a criar vínculos. “Alguns candidatos até voltam para agradecer. É incrível. É sensação de missão cumprida”, diz Thaís, que acompanha, no dia a dia, o ritmo intenso de emissão de CNHs do Detran paulista, de cerca de meio milhão por mês – neste ano, já foram 4,2 milhões de documentos.
Agente estadual de trânsito, Douglas Barbosa é outro representante do Detran-SP nas ruas. Seja em bancas de exame prático, em vistorias veiculares ou fiscalizações, ele entende que a sua principal função é educar. Cada ação do órgão visa, de fato, instruir e adequar a atuação de candidatos ou empresas credenciadas às normas criadas para garantir vias mais seguras e sadias. Uma adequação que passa pelo investimento na consolidação de uma cultura a favor das leis, do trânsito e das pessoas.
Esse investimento se dá, de um lado, na comunicação, com a produção de campanhas que reforçam mensagens sobre os riscos de misturar álcool e volante, que divulgam serviços desenvolvidos para facilitar a vida do cidadão, como a transferência digital de veículos (TDV), lançada em março, e que difundem valores essenciais à vida comum, como ética e civilidade – caso da recente campanha “Sinal de respeito”, que põe o pedestre, foco de uma nova política do governo do estado, no centro. Neste ano, já foram realizadas oito campanhas, com impacto sobre milhões de pessoas.
Em outra frente, o investimento se dá por meio de ações em que se casam fiscalização e educação, como as Operações Direção Segura Integrada (ODSI), as famosas blitze. Os carros são parados não apenas para que o motorista seja convidado a soprar o bafômetro, mas também para ouvir orientações sobre a ameaça que a ingestão de bebida alcoólica, antes de dirigir, representa para ele mesmo e para a sociedade.
Feito por funcionários comprometidos, que por vezes atravessam madrugadas sob chuva e frio, esse trabalho de conscientização teve um salto em 2024. De janeiro a setembro do ano passado, foram realizadas 352 ODSIs, com abordagem a 189.090 veículos. Nos primeiros nove meses deste ano, em comparação, 455 blitze tiveram lugar no estado, e 336.774 veículos foram parados – um aumento de 29% nas operações e ainda maior, de 78%, nas abordagens, graças à entrada em ação de um número maior de servidores.
No terreno dos agentes regulados pelo Detran-SP, para ficar num só exemplo, as equipes da autarquia quase dobraram as operações de fiscalização a desmontes – que também mereceram uma campanha de mídia, um alerta a respeito das peças de sangue, como são chamadas as autopeças oriundas de crimes, vendidas ilegalmente por empresas irregulares. Foram 878 ações em desmontes de janeiro a setembro deste ano, ante 447 no mesmo período de 2023. Quando vão a campo, os agentes do Detran-SP verificam quem age de acordo com a lei. Essa vigilância constante não apenas ajuda a apontar desvios, como induz o mercado a se adequar às normas.
Tradição em servir
Aprovado no concurso público do Detran-SP de 2014, Douglas levou a família a festejar. “Foi uma notícia excelente para todos, porque eu ia começar a contribuir, de fato, para a sociedade”, disse.
Teve festa também na casa de Tiago Maurício Amalfi, oficial estadual de trânsito. Filho de funcionário público, Tiago foi incentivado pelos pais a seguir a tradição da família. “Se você consegue desempenhar o que é pedido com excelência, isso por si só vai refletir na vida do cidadão”, afirma o assessor, que tem por tarefa prestar informações para autoridades sobre legislação, procedimentos e políticas do Detran-SP, órgão vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD).
Outra cria do serviço público é André Pereira Duarte, agente estadual de trânsito em São Paulo, onde idealiza e desenvolve campanhas e programas permanentes de mudança de comportamento no trânsito em prol da vida. “Minha mãe é servidora, ela trabalhou na área da saúde, e eu sempre via isso com muito orgulho. Eu quis ser servidor público para trazer algo diferente, novo, para também contribuir com o bem-estar social.”