Não há hipótese de se repetir no DF fatos do dia 8, diz interventor federal
Ministro Alexandre de Moraes determinou que autoridades de todos os níveis federativos tomem providências para conter tentativas de bloqueio de rodovias
- Data: 11/01/2023 15:01
- Alterado: 11/01/2023 15:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
O interventor federal na segurança do Distrito Federal Ricardo Cappelli disse nesta quarta-feira que “não há hipótese de se repetir na capital federal os fatos inaceitáveis que aconteceram no último dia 8”, quando golpistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Em entrevista convocada após a detecção de novas ameaças de golpe em mensagens que anunciam uma “Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder”, Cappelli afirmou que, após a identificação das ameaças, uma reunião dos comandos da segurança pública no DF foi convocada para preparar o planejamento.
“Queremos tranquilizar população”, disse o interventor. “Nunca mais a capital federal verá o que aconteceu. Temos total apoio do efetivo, das corporações, dos homens de segurança do DF, que têm compromisso com a República e estado democrático de direito”. Ele ainda disse que os servidores que trabalham na Esplanada dos Ministérios, que foi fechada, podem continuar trabalhando tranquilamente.
De acordo com o interventor, as manifestações previstas para ocorrer perto do Palácio do Buriti, sede do governo distrital, e na Esplanada. Haverá um bloqueio nas regiões e, no início da Esplanada, terá operação de revista.
“Aos que pretendem repetir, o que tenho a dizer é simples: a lei será cumprida”, enfatizou. “O direito à livre manifestação não se confunde com terrorismo, com atentado às instituições democráticas, não se confunde com ataque ao patrimônio público, ataque à democracia”.
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) ser acionado para impedir novos atos golpistas, o ministro Alexandre de Moraes determinou que autoridades de todos os níveis federativos tomem providências para conter tentativas de bloqueio de rodovias e ocupação de prédio públicos e executem a prisão em flagrante dos envolvidos.