Musical É Proibido Miar será apresentado no Dia Mundial do Livro
Com patrocínio da AES Eletropaulo, espetáculo gratuito, adaptação da obra de Pedro Bandeira, será apresentado no Teatro Municipal de Santo André
- Data: 14/04/2015 09:04
- Alterado: 16/08/2023 18:08
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Apresentação gratuita do musical É Proibido Miar será no Municipal de Santo André
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O livro É Proibido Miar, do autor de literatura juvenil mais vendido do Brasil, Pedro Bandeira, foi adaptado para o teatro em uma nova edição dirigida por Marcelo Klabin. A peça que é um musical, patrocinado pela AES Eletropaulo e realizado pela MRS Participações e Empreendimentos, tem o objetivo apresentar o universo da dramaturgia e despertar o interesse pelos livros de jovens e crianças. Com estreia marcada para 23 de abril, mesma data em que é comemorado o dia Dia Mundial do Livro, a peça será no Teatro Municipal de Santo André, com entrada gratuita.
A primeira edição do espetáculo, em 2011, foi vista por mais de 10 mil pessoas em 40 apresentações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nesta nova edição, sete atores sobem ao palco para cantar, dançar e interpretar a história de Bingo, um cachorro que, por iniciativa própria, decide miar. Com delicadeza e humor, a peça estimula a reflexão sobre questões atuais, traduzindo de forma artística a importância do respeito pelo outro, a superação de diferenças e o combate a preconceitos.
“Eu li vários livros do Pedro Bandeira quando pequeno e, em todos eles, há uma abordagem do não à proibição; ele é um diplomado em cuidar das coisas que foram proibidas. Nesta peça, há uma ligação muito sutil com coisas que acontecem na sociedade. A história de Bingo é uma metáfora, já que em nenhum momento está mostrada de forma direta na peça, mas pode ser associada a questões como ser diferente, o preconceito e o bullying”, explica Marcelo Klabin.
O enredo conta com 17 personagens e cada ator encena, em média, de dois a três papéis ao mesmo tempo. A necessidade de agilidade na troca do vestuário, que leva apenas 12 segundos em alguns casos, foi um desafio atendido prontamente pela equipe do figurino. As roupas possuem velcros para facilitar a troca, além de serem ricas em detalhes e desenhos, refletindo as principais características de cada personagem.
“Esta iniciativa está alinhada com a estratégia de investimentos da AES Eletropaulo que tem como objetivo contribuir para uma sociedade mais sustentável. A leitura é uma importante ferramenta no processo de educação, que por sua vez tem o poder de transformar pessoas e a sociedade”, afirma Luciana Alvarez, Gerente de Gestão da Marca e Sustentabilidade da AES Brasil.
Outro aspecto essencial do espetáculo, a trilha sonora, composta pelo músico Daniel Tauszig, é totalmente original. O arranjo vocal, que ganhou uma elaboração especial nesta nova edição, é feito por Daniel Rocha, responsável pela direção musical. “A linguagem cantada ajuda na compreensão dos personagens, já que as músicas contam um pouco da história de cada um. É um jeito de aproximar a criança deste mundo”, explica o diretor.
Depois de duas apresentações em Santo André, o espetáculo passará por cinco Centros Educacionais Unificados (CEUs) na capital paulista – Paraisópolis, Sapopemba, Capão Redondo, Interlagos e Ipiranga, entre abril e maio, onde poderá ser visto por alunos da rede municipal de ensino. Em Osasco, a peça voltará a ser aberta ao público, com três encenações no fim de maio. Dentro do escopo do projeto, ainda está prevista a entrega de cadernos pedagógicos a professores de escolas públicas, com o intuito de ajudá-los a desenvolver os temas retratados na peça em sala de aula.
“Tenho um amor profundo pelo teatro desde pequeno. É uma arte transformadora. Ao ter seu primeiro contato com a dramaturgia, a criança ganha um novo olhar, que será levado a sua casa, suas atividades, e pode, inclusive, inspirar uma profissão no futuro”, afirma Klabin.
HISTÓRIA
O enredo de Pedro Bandeira, adaptado por Erez Milgrom, conta a história de Bingo, filho de Dona Bingona e Seu Bingão, um vira-lata orgulhoso de sua linhagem. Ao contrário de seus irmãos, é curioso e não tem interesse em imitar seus pais.
Ao fazer amizade com um gato, de quem admira a liberdade, ele passa a miar, o que é visto como uma vergonha para a família. O cachorro então é levado para o Canil Municipal, onde passa por diversas dificuldades, mas não desiste de suas escolhas.
Pedro Bandeira, autor do livro que originou a peça, também é um fã muito especial dessa montagem: “Eu não seria capaz de ter feito essa adaptação. Toda a essência do que eu quis dizer no livro está aí, só que melhor e ampliada. É um trabalho muitíssimo profissional, em que nossas crianças podem entrar em um mundo maravilhoso e de sonho que o teatro nos traz. A peça superou as minhas expectativas. É bom chegar perto dos 70 anos e ver esse pessoal atuando com tanto amor e talento a história que escrevi”, conta.
SOBRE PEDRO BANDEIRA
Além de se dedicar ao teatro amador e profissional, Pedro Bandeira deu aulas de Literaturas brasileira e portuguesa e atuou como jornalista. A partir de 1972, começou a escrever para crianças. Em 1983, com a publicação de sua primeira história em formato de livro, O dinossauro que fazia au-au, passou a dedicar-se exclusivamente à criação de livros infantis e juvenis, atividade que lhe rendeu uma série de reconhecimentos:
– Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Livro): O fantástico mistério de Feiurinha – Melhor Livro Infantil – 1986;
– Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte): A marca de uma lágrima – Melhor Livro Juvenil – 1986;
– Prêmio Adolfo Aizen (Academia Brasileira de Letras e União Brasileira de Escritores): Chá de sumiço – Melhor Livro Infantil – 1992;
– Prêmio Altamente Recomendável Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil: A princesa e o pintor – Categoria Tradução-Informativo – 2001;
– Prêmio Altamente Recomendável Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil: Caras, carinha e caretas – alimentos com sentimentos – Categoria Reconto – 2001.
É o autor de literatura juvenil mais vendido no Brasil. Até 2009, haviam sido comercializados 10,8 milhões de livros do escritor, além de 11,2 milhões de exemplares adquiridos pelo governo federal para distribuição às bibliotecas escolares.
SOBRE MARCELO KLABIN
Marcelo Klabin é diretor, arte-educador e ator formado pela Escola de Arte Dramática – ECA/USP. Estudou em Londres na Ecole Philippe Gaulier, onde desenvolveu seu trabalho em jogos teatrais e na linguagem de Clown. Como ator e assistente de direção, trabalhou com importantes nomes como Celso Frateschi, Luiz Damasceno, Tiche Vianna, Heitor Goldflus, Marco Antonio Braz, Pedro Pires, Henrique Schafer, Maria Thais, Roberto Lage, Iacov Hillel, Allan Fiterman, entre outros.
Dirigiu diversos espetáculos acumulando prêmios como melhor direção de teatro adulto e infantil, melhor ator e melhor espetáculo nos festivais de teatro FEPAMA e FETAMINC. Recentemente atuou no musical O Rei Leão com o personagem Pumba pelo qual recebeu a indicação de melhor ator coadjuvante no prêmio Bibi Ferreira de 2014.
SERVIÇO
Espetáculo: É Proibido Miar, com direção de Marcelo Klabin
Local: Teatro Municipal de Santo André Antônio Houaiss
Endereço: Praça IV Centenário, s/n, Centro – Santo André
Dias/Horários: Quinta-feira, 23/4 (ESTREIA), às 20h – DIA MUNDIAL DO LIVRO
Sexta-feira, 24/4, às 10h30
Ingressos distribuídos por ordem de chegada e devem ser retirados na bilheteria do teatro 1 hora antes do espetáculo.
*Os locais e datas das três apresentações em Osasco serão divulgados em breve.
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