Mitos e equívocos sobre autismo: a verdade por trás do espectro
Infelizmente, existem muitos mitos e equívocos sobre o autismo que podem levar a estigmatização e isolamento de pessoas no espectro. A Dra. Gesika Amorim, Mestre em Educação Médica, Pediatra pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria, com especialização em Tratamento Integral do Autismo, Saúde Mental e Neurodesenvolvimento – nos mostra que esse problema ainda ocorre devido à […]
- Data: 04/11/2023 16:11
- Alterado: 04/11/2023 16:11
- Autor: Dra. Gesika Amorim
- Fonte: Assessoria
Crédito:Divulgação/Freepik
Infelizmente, existem muitos mitos e equívocos sobre o autismo que podem levar a estigmatização e isolamento de pessoas no espectro. A Dra. Gesika Amorim, Mestre em Educação Médica, Pediatra pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria, com especialização em Tratamento Integral do Autismo, Saúde Mental e Neurodesenvolvimento – nos mostra que esse problema ainda ocorre devido à falta de conhecimento e conscientização.
Neste artigo ela nos mostrará alguns dos mitos mais comuns sobre o autismo:
Todas as pessoas com autismo são não-verbais:
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que ocorre em um espectro. De acordo com o manual DSM-V, é caracterizado por déficits na comunicação e interação social e comportamento, interesses ou atividades restritos e repetitivos. No entanto, esses déficits variam em termos de gravidade, impacto na vida diária e efeitos na aprendizagem. Alguns adultos com TEA são capazes de viver de forma independente, enquanto outros precisam de muito apoio, o que mostra a ampla variedade da gravidade dos sintomas no espectro.
Pessoas com autismo são mais adequadas para trabalhos que envolvem tarefas repetitivas:
Como o autismo é um espectro, não existe um tipo específico de trabalho que seja apropriado para todas as pessoas com TEA. Embora muitas delas possam gostar de tarefas repetitivas, é incorreto presumir que um trabalho é adequado apenas com base no rótulo de deficiência. Pessoas com TEA têm pontos fortes, talentos e habilidades que as tornam capazes de realizar inúmeros tipos de trabalho.
Pessoas com autismo não conseguem se relacionar:
Embora a interação social seja prejudicada no TEA, isso não significa que não seja possível se relacionar no espectro. Muitas pessoas com autismo têm relacionamentos absolutamente normais com família, amigos, cônjuges e filhos. E autistas são SIM, muito carinhosos e gostam TAMBÉM de beijos e abraços.
Vacinas causam autismo:
Este é um mito perigoso e infundado que foi desmentido por inúmeros estudos científicos.
Autistas são agressivos:
Embora algumas pessoas no espectro possam ter comportamentos agressivos, isso não significa que todas as pessoas com autismo sejam agressivas. Na verdade, na imensa maioria das vezes esse comportamento e causado quando o autista nao consegue se fazer entender, a dificuldade de comunicação frusta o paciente e este pode responder agressivamente. Investir em CAA (Comunicação Alternativa Aumentativa) é uma forma de prevenir esse comportamento.
Autistas não têm empatia:
Este é outro mito infundado. Embora algumas pessoas no espectro possam ter dificuldades em expressar suas emoções ou entender as emoções dos outros, isso não significa que elas não são capazes de reagir empaticamente.
É importante desmistificar esses equívocos sobre o autismo para promover uma compreensão mais precisa do transtorno e ajudar a combater a estigmatização, o preconceito e o isolamento das pessoas no espectro – Alerta a Amorim.
Dra Gesika Amorim
Gesika é Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós-Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós-Graduada em Medicina Ortomolecular – (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
Saiba mais em: dragesikaamorim.com.br