Metade das empresas brasileiras ainda não adota estratégia sustentável

Pesquisa revela avanços na adesão ao ESG, mas destaca desafios na consolidação de práticas sustentáveis como parte do plano estratégico corporativo

  • Data: 22/01/2025 14:01
  • Alterado: 22/01/2025 14:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Abrac
Metade das empresas brasileiras ainda não adota estratégia sustentável

Crédito:Divulgação/Freepik

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As empresas brasileiras avançaram na estratégia sustentável, de acordo com a pesquisa “Avanços e Desafios: A Maturidade ESG nas Empresas Brasileiras 2024”, encomendada pela Beon ESG, Nexus e Aberje. Segundo os dados, 51% das organizações possuem estratégia sustentável, um aumento de 14 pontos em relação a 2021. No entanto, o dado também acende um alerta: metade das empresas ainda não inclui o desenvolvimento sustentável em seus planos estratégicos.

No mesmo período, a estrutura ESGEnvironmental, Social, and Governance (em português, Ambiental, Social e Governança) – cresceu 10 pontos percentuais, passando de 29% para 39%. O número de empresas com metas ambientais também apresentou evolução, aumentando de 31% para 43%. A pesquisa entrevistou 401 empresários de médias e grandes empresas dos segmentos industrial, comercial, de serviços e agronegócio em todo o Brasil.

Normas de referência e certificações

Nesse contexto, normas como a ISO 14001 e a NBR 16001 se destacam como alternativas confiáveis para estruturar práticas sustentáveis. A ISO 14001, voltada para a gestão ambiental, estabelece diretrizes como redução de resíduos, uso consciente de recursos naturais e controle de emissões de gases de efeito estufa. Já a NBR 16001 foca na responsabilidade social, promovendo ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

“Essas normas permitem que as empresas melhorem continuamente suas práticas e comprovem seu compromisso com a sustentabilidade. Além disso, são certificáveis, o que fortalece a confiança dos consumidores e das partes interessadas”, destacou Alexandre Xavier, vice-presidente de ESG da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac).

Para obter certificações, as organizações devem buscar um organismo certificador acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre) do Inmetro, que verifica o cumprimento das normas por meio de auditorias antes de emitir os certificados.

ABNT PR 2030 e a ausência de norma certificável para ESG

A ABNT desenvolveu a PR 2030, uma prática recomendada que oferece diretrizes para avaliação de iniciativas sustentáveis. Apesar de ser voluntária, sem vínculo contratual obrigatório, ela serve como base técnica para regulamentações futuras.

Alexandre Xavier alertou que a falta de uma norma certificável para ESG compromete a confiança nos relatórios e iniciativas corporativas. “Uma norma certificável com avaliação independente traria mais credibilidade ao mercado, garantindo informações consistentes e precisas”, afirmou.

A pesquisa revelou que apenas 20% das empresas publicam relatórios de sustentabilidade. “Esse baixo índice pode gerar desconfiança. Por isso, as certificações são ainda mais viáveis e estratégicas”, concluiu Alexandre Xavier.

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  • Data: 22/01/2025 02:01
  • Alterado:22/01/2025 14:01
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