Meta Muda Termos de Uso e Encerra Programas de Diversidade

Mudanças polêmicas da Meta levantam questões sobre discurso de ódio e transparência.

  • Data: 10/01/2025 19:01
  • Alterado: 10/01/2025 19:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Uol
Meta Muda Termos de Uso e Encerra Programas de Diversidade

Crédito:Reprodução

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A ascensão de notícias falsas como um fenômeno preocupante para a democracia foi amplamente discutida após a eleição de Donald Trump em 2016. A mídia tradicional se concentrou intensamente nesse tema, levantando questões sobre a credibilidade das informações e o papel dos checadores de fatos. No entanto, observadores apontam que esses mecanismos podem ter exacerbado a desconfiança pública, especialmente nos Estados Unidos, ao invés de promovê-la.

Recentemente, a Meta anunciou mudanças significativas em suas políticas de moderação de conteúdo. De acordo com as novas diretrizes, a empresa irá priorizar a supervisão de temas considerados mais críticos, incluindo terrorismo, tráfico de drogas, fraudes e exploração sexual. Em contraste, questões relacionadas à imigração e identidade de gênero receberão uma abordagem menos rigorosa.

Além disso, as normas que regulam discursos de ódio foram reformuladas. As novas regras agora permitem que pessoas LGBTQIA+ sejam rotuladas como “doentes mentais” ou “anormais”, uma decisão que gerou indignação. A Antra (Associação Nacional de Travestis e Transsexuais) já protocolou uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra a Meta, lembrando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças em 1990.

Em relação à transparência das políticas da Meta, a empresa anunciou que aumentará o conteúdo político nas suas plataformas. Desde 2021, houve uma redução desse tipo de material em resposta aos pedidos dos usuários. Entretanto, com as novas diretrizes, a Meta promete uma “abordagem mais personalizada”, permitindo que os usuários tenham acesso ampliado a conteúdos políticos em seus feeds.

No contexto das mudanças anunciadas, Mark Zuckerberg se posicionou ao lado do governo dos Estados Unidos na luta contra regimes internacionais que tentam silenciar empresas americanas. O CEO da Meta criticou legislações na Europa que ele considera censórias e denunciou práticas na América Latina que resultam em remoções secretas de conteúdos. Em resposta, representantes da União Europeia rejeitaram veementemente as alegações feitas por Zuckerberg.

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  • Data: 10/01/2025 07:01
  • Alterado:10/01/2025 19:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Uol









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