Mercadante diz que saída de Cid foi ‘incidente político grave’
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, considerou a reação do agora ex-ministro da Educação Cid Gomes um "incidente político grave".
- Data: 19/03/2015 16:03
- Alterado: 16/08/2023 16:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
O ministro da Casa Civil
Crédito:Antonio Cruz/ Agência Brasil
Ele disse que a permanência do colega prejudicaria o próprio MEC. Mercadante se negou a comentar uma possível saída dele da Casa Civil – ele tem sido alvo de especulações e de fogo amigo de setores do PT.
Questionado sobre uma possível ida para o MEC, Mercadante se negou a comentar. “Tenho trabalho demais”, disse. “É da vida pública, é da democracia, tivemos um incidente político grave. Evidentemente prejudicaria muito o MEC a permanência do ministro depois da sessão que vimos ontem”, disse Mercadante, nesta quinta-feira, 19, após participar de premiação na embaixada da Espanha, em Brasília.
O ministro se referiu ao bate-boca entre Cid e os parlamentares ontem, em sessão no plenário da Câmara. Cid chegou a dizer ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que prefere “ser acusado por ele de mal educado do que ser como ele, acusado de achaque”.
Sobre a indicação de um novo ministro para o lugar de Cid, Mercadante afirmou que compete à presidente escolher. “Ele (Cid) tomou a iniciativa de pedir demissão para a presidenta e compete a ela agora indicar”, afirmou. “Tenho certeza de que ela fará a melhor escolha”.
Após o episódio, Mercadante descartou a possibilidade de o PROS deixar a base aliada do governo. “Todo mundo sabe que a saída do ministro foi em função do incidente de natureza política e pessoal. Não tem nenhuma relação com o governo”.
Na avaliação do ministro, o ambiente conturbado no campo da política se deve em parte ao clima de terceiro turno instalado após as últimas eleições. Mercadante, no entanto, considerou que o governo precisa ficar atento ao clamor da sociedade.
“Governo tem que ler as pesquisas de opinião com humildade, coragem e firmeza”, afirmou. Apesar de dizer que o governo precisa ouvir as críticas, Mercadante afirmou que o governo não pode ser cobrado pelas promessas feitas durante a campanha com apenas dois meses do início da nova gestão. “Discurso de campanha é para quatro anos”, disse.