Mauá de Direitos debate diversidade e faz abordagem com o segmento LGBT
O ciclo de eventos do Projeto Mauá de Direitos teve continuidade com atividade no CRAS Parque das Américas.
- Data: 25/10/2013 18:10
- Alterado: 25/10/2013 18:10
- Autor: Redação
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Desta vez o tema foi Diversidade e Direitos – Uma Conversa Social. Com esta abordagem a Secretaria de Cidadania e Ação Social começa uma aproximação com o segmento LGBT.
Cerca de uma centena de pessoas, com predominância do público feminino, participou da atividade que contou com espaço exclusivo para crianças com os equipamentos da equipe de lazer da secretaria de cultura.
“O governo não se intimida em levar essa discussão até a comunidade. Por mais que pareça polêmico precisamos debater com a população,” explicou a secretária Sônia Braga ao justificar o tema escolhido.
O ativista da ONG Viva Diversidade, de Diadema, Geraldo Antonio Silva fez apresentação dos direitos já garantidos para a população LGBT. “Destacamos a lei 10.948/01 que pune a discriminação, a criação do Sistema Nacional de Políticas Públicas para a população LGBT e os Direitos Constitucionais aos quais todos nós temos direito enquanto cidadãos,” afirmou Geraldo.
Avaliando o atual estágio do segmento na região, o ativista foi enfático. “Atualmente as políticas públicas são apenas aquelas puxadas pelo governo federal, somos uma população invisível. Mas a sociedade tem que saber que essa população existe e tem seus direitos.”
“Esse momento e essa data são históricos em nossa cidade, pois é a primeira vez que passamos a debater diversidade junto com o poder público,” afirmou Vanderli Carvalho, Promotora Legal Popular e incentivadora da organização do segmento LGBT. Esta organização existe a cerca de três anos e tem ações concretas como reuniões com a Secretaria de Segurança Pública, acolhimento e encaminhamento de jovens que ficam sem lar, rodas de debate e capacitação.
A expectativa é que a partir deste encontro passem a ser formuladas políticas públicas para o segmento e até a criação de uma Coordenadoria LGBTT.
A manicure Agata, 26, revela que “espero que ocorra mudança, que possa baixar o preconceito, inclusive no mercado de trabalho.” Ela reclama que por ser travesti não consegue emprego, mesmo encaminhando currículo em diversos locais.