Manifestantes protestam contra leilão da PPP das escolas em São Paulo
Gestão Tarcísio de Freitas pretende terceirizar serviços não pedagógicos em novas escolas
- Data: 29/10/2024 11:10
- Alterado: 29/10/2024 11:10
- Autor: Redação
- Fonte: Isabela Palhares/Folhapress
Crédito:Reprodução
A Polícia Militar e a Guarda Civil bloquearam os quarteirões que dão acesso à B3 na manhã desta terça-feira (29), onde vai acontecer o leilão para a parceria público-privada para a construção e manutenção de escolas estaduais paulistas – projeto encampado pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Foram feitos bloqueios nas ruas que dão acesso à B3 para impedir a chegada de integrantes de movimentos estudantis e sindicatos ao local. Somente pessoas autorizadas podem circular pelos três quarteirões do entorno.
Os estudantes protestam com cartazes que dizem “minha escola não está a venda” e “não à privatização das escolas”. Manifestantes da Apeoesp, principal sindicato dos professores de São Paulo, também foram impedidos de se aproximar do local.
Serão dois lotes, um com 17 escolas e outro com 16. As unidades serão construídas em 29 municípios do interior de SP e irão oferecer, ao todo, 35,1 mil vagas.
Poderão sair vencedoras, portanto, duas empresas, cada uma responsável por um lote. Mas, segundo a SPI, uma mesma empresa poderá vencer as duas licitações e ficar responsável pelas 33 escolas.
Haverá três tipos de escolas, com 21, 28 e 35 salas de aula, e, segundo a SPI, todas terão que obedecer a um padrão arquitetônico e conter, entre outros espaços, anfiteatros, laboratórios, pátios, refeitório e quadras poliesportivas cobertas com vestiários, além de uma sala para sediar o grêmio estudantil.
A iniciativa tem gerado críticas entre educadores que avaliam que é responsabilidade do Estado gerir essas escolas com eficiência, não transferir tal dever a um ente privado.
A PPP prevê que todas as atividades pedagógicas permaneçam sob responsabilidade da Secretaria da Educação, assim como a contratação de professores.