Lula pede jornadas de trabalho equilibradas no G20 Social
Redução de custo de vida e justiça trabalhista em pauta.
- Data: 16/11/2024 16:11
- Alterado: 16/11/2024 16:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Durante o encerramento do G20 Social no Rio de Janeiro, o presidente Lula destacou a necessidade de os países do grupo das maiores economias do mundo discutirem medidas para “promover jornadas de trabalho mais equilibradas”. O tema ressoou em um momento em que o debate sobre a escala 6×1, ou seja, seis dias de trabalho seguidos por um de descanso semanal, ganhou notoriedade nas redes sociais. Embora Lula não tenha mencionado diretamente essa questão, estudantes da Uerj exibiram uma faixa no evento clamando por mudanças nesse sentido.
Lula enfatizou a importância de abordar questões que impactam diretamente a população, como a redução do custo de vida e a promoção de condições de trabalho mais justas. Ele alertou sobre a crescente dissonância entre as necessidades dos mercados e as demandas populares, citando o impacto negativo do neoliberalismo na desigualdade econômica e política.
A discussão sobre a jornada de trabalho no Brasil foi recentemente impulsionada por uma proposta de emenda constitucional apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que sugere uma jornada semanal de 36 horas dividida em quatro dias. Embora esse modelo já tenha ganhado espaço em diversos países, enfrenta desafios no Brasil, como a alta informalidade e a necessidade de aumentar a produtividade dos trabalhadores.
O discurso de Lula no G20 Social foi realizado pouco antes da Cúpula dos Chefes de Estado do grupo, marcada para os dias seguintes no Rio. Essa abordagem busca não apenas chamar a atenção para questões trabalhistas, mas também envolver movimentos sociais na formulação de políticas públicas que reflitam as reais necessidades da população. A possibilidade de adoção de uma jornada reduzida poderia representar um avanço significativo nas condições laborais no Brasil, contanto que acompanhada por medidas estruturais que sustentem sua viabilidade econômica e social.