LULA LÁ, BOLSONARO CÁ: Briga Nordeste x Sul dita votos convictos de Lula e Bolsonaro

Segundo Ipec, potencial de voto de petista é de 34%, enquanto de Bolsonaro alcança 25%; se eleição fosse hoje, os dois iriam ao 2º turno

  • Data: 14/03/2021 09:03
  • Alterado: 14/03/2021 09:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
LULA LÁ, BOLSONARO CÁ: Briga Nordeste x Sul dita votos convictos de Lula e Bolsonaro

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Mesmo antes de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser considerado novamente elegível, um terço dos brasileiros afirmava que votaria sem dúvida alguma no petista caso ele fosse candidato ao Palácio do Planalto. E um quarto do eleitorado se dizia convicto no apoio à reeleição de Jair Bolsonaro.

Esses contingentes já seriam suficientes para praticamente garantir uma disputa de segundo turno entre Lula e Bolsonaro – se a eleição fosse hoje, claro. Faltam 567 dias para o reencontro com as urnas, tempo hábil para que eventos externos ou novas candidaturas alterem o cenário.

Os dados sobre lulistas e bolsonaristas convictos são um recorte da pesquisa Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) divulgada na semana passada, feita com a mesma metodologia e pela mesma equipe do antigo Ibope Inteligência. O levantamento não é de intenção, mas de potencial de voto. Mais do que projetar resultados, esse tipo de pesquisa serve para mapear o capital político de potenciais candidatos em diferentes segmentos da população, de acordo com renda, escolaridade, religião e domicílio, por exemplo.

Segundo o Ipec, 50% dos entrevistados ouvidos em fevereiro disseram que votariam com certeza ou poderiam votar em Lula se ele se candidatasse novamente à Presidência da República, e 44% afirmaram que não o escolheriam o petista de jeito nenhum. Já o potencial de voto do presidente Bolsonaro foi de 38% e a rejeição, de 56%.

Atrás, no ranking do potencial de voto, estão Sérgio Moro (31%), Luciano Huck (28%), Fernando Haddad (27%), Ciro Gomes (25%), Marina Silva (21%), Luiz Henrique Mandetta (15%), João Doria (15%) e Guilherme Boulos (10%).

Quando se excluem desses resultados os entrevistados que “poderiam votar”, mantendo só os que votariam “com certeza”, aparece o eleitorado fiel de cada um: 34% para Lula e 25% para Bolsonaro.

O levantamento também mostra que, entre os eleitores convictos dos dois potenciais candidatos, o maior contraste é o regional. Ambos estão bem próximos no Sudeste e no Norte/Centro-Oeste, mas Lula tem uma vantagem de 36 pontos sobre Bolsonaro no Nordeste (55% a 19%). No Sul, é o presidente quem lidera: 32% a 26%.

RENDA

No quesito renda, há diferenças significativas nas respostas apresentadas pelos eleitores considerados mais convictos. Praticamente metade do eleitorado mais pobre, com renda de até um salário-mínimo, diz que votaria em Lula com certeza – vantagem de 28 pontos (48% a 20%). Nas faixas com vencimentos acima de dois salários-mínimos, é Bolsonaro que tem mais eleitores convictos, mas a diferença, neste caso, não passa de sete pontos.

Entre evangélicos, a maior parte diz que votará com certeza em Bolsonaro (39%) – o que não surpreende, já que seu governo é fortemente ligado a esse setor da sociedade. Entre católicos, o mesmo porcentual se define como pró-Lula.

O Ipec também consultou o eleitorado no que diz respeito à raça. No eleitorado que se define como branco, não há grande diferença entre o ex e o atual presidente. Já entre os pretos e pardos, Lula tem 37% e Bolsonaro, 24%.

Quando se divide o eleitorado de acordo com sua escolaridade, o levantamento revela uma vantagem significativa para Lula entre os que estudaram apenas até a antiga quarta série, hoje o primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Nesse grupo, Lula soma 47%, e o presidente Bolsonaro tem 24%. Já no segmento com curso superior, o petista também lidera, mas com uma diferença menor: tem 22% de eleitores convictos, e o atual presidente, 19%.

O Ipec ouviu 2.002 eleitores em 148 municípios, de todas as regiões do País, entre os dias 19 e 23 de fevereiro – antes de o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anular as condenações do ex-presidente. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.

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  • Data: 14/03/2021 09:03
  • Alterado:14/03/2021 09:03
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  • Fonte: Estadão Conteúdo









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