Lula chama de “pirotecnia” operação da Lava Jato contra seu filho
O ex-presidente Lula criticou duramente a Operação Mapa da Mina que investiga repasses suspeitos de mais de R$ 132 milhões feitos pelo grupo Oi/Telemar para empresas do grupo Gamecorp/Gol
- Data: 10/12/2019 19:12
- Alterado: 10/12/2019 19:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução Twitter
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva foi ao Twitter para criticar a Operação Lava Jato e a força-tarefa que coordenou a nova fase da operação, a de número 69, deflagrada na manhã desta terça-feira, 10, e que investiga por corrupção e lavagem de dinheiro o seu filho, o empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.
“O espetáculo produzido hoje pela Força Tarefa da Lava Jato é mais uma demonstração da pirotecnia de procuradores viciados em holofotes que, sem responsabilidade, recorrem a malabarismos no esforço de me atingir, perseguindo, ilegalmente, meus filhos e minha família”, escreveu Lula em seu canal no Twitter.
A fase “Mapa da Mina”, deflagrada na manhã desta terça-feira, cumpriu 47 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal.
Em coletiva de imprensa, os procuradores da Lava Jato disseram que há suspeitas de que empresas concessionárias de telecomunicações, como a Oi e a Telemar, teriam repassado dinheiro para empresas de tecnologia que tinham Fábio Lula da Silva como um dos proprietários, justamente por ele ser filho do então presidente da República.
Segundo a força-tarefa, parte do dinheiro repassado pela Oi/Telemar teria sido usado por Fábio e seus sócios para comprar o sítio de Atibaia (SP) usado por Lula e cuja reforma levou o ex-presidente a ser condenado em duas instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro.
DEFESAS
“A Oi informa que atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades, assegurando total e plena colaboração com as autoridades competentes”, disse a empresa por meio de nota.
A reportagem busca contato com as assessorias de imprensa da Vivo e do Grupo Gamecorp/Gol. Também tenta falar o empresário Fábio Luís Lula da Silva e com outros citados na matéria. O espaço está aberto para as manifestações de defesa.