Lula ajusta estratégia para fortalecer base política em 2025

residente busca ampliar alianças e foca em programas sociais para consolidar apoio rumo às eleições de 2026, em meio a desafios econômicos e tensões com o Congresso

  • Data: 01/01/2025 10:01
  • Alterado: 01/01/2025 10:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Governo Federal
Lula ajusta estratégia para fortalecer base política em 2025

Presidente Lula (PT)

Crédito:Ricardo Stuckert / PR

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No início do novo ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou uma mudança significativa em sua abordagem política, priorizando a construção de programas governamentais que possam servir como vitrines para a futura campanha eleitoral de 2026. Apesar da incerteza sobre sua própria candidatura, Lula orientou os principais ministérios a intensificarem seus esforços com foco nesse horizonte político.

Recentemente, o governo enfrentou desafios com o Congresso, especialmente devido ao bloqueio de emendas parlamentares ao Orçamento, uma decisão proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. Além disso, a sanção da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025 trouxe restrições adicionais à liberação de emendas, incluindo as impositivas, como parte do cumprimento das novas diretrizes fiscais.

Disputa no Congresso

Nos bastidores, já se especula sobre possíveis retaliações nas votações após o retorno dos parlamentares das férias. Essa dinâmica se torna ainda mais crítica considerando que o Orçamento de 2025 ainda não foi votado. Neste contexto, Lula busca uma nova aliança com partidos aliados centristas e de direita, muitos dos quais controlam ministérios com orçamentos significativos, como o MDB, o PSD e o PP.

Uma fonte próxima ao presidente indicou que a base de apoio estabelecida no início de 2023 precisa agora ser revista para garantir suporte nas próximas disputas eleitorais. O Partido dos Trabalhadores (PT) almeja ampliar sua presença no Senado e conter o avanço do bolsonarismo na Casa Legislativa.

Economia e sucessão

A economia emerge como um fator crucial nesse cenário político conturbado. O desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como potencial sucessor de Lula está diretamente ligado ao sucesso econômico do governo. No entanto, as recentes altas nas taxas de juros indicadas pelo Banco Central levantam preocupações sobre um possível encolhimento econômico no país.

Com o dólar ultrapassando R$ 6 e as taxas de juros elevadas criando um ambiente desfavorável, conquistas governamentais como a redução da extrema pobreza abaixo de 5% pela primeira vez na história e a diminuição da taxa de desemprego podem ser ofuscadas. As previsões de crescimento para 2024 em torno de 3,5% não devem se repetir em 2025, que já é considerado por analistas como um “ano da desaceleração”.

Diante deste cenário desafiador, Lula alterou sua estratégia comunicativa para atrair segmentos da classe média e eleitores que recebem acima de dois salários mínimos – os chamados “remediados” – além dos evangélicos. No entanto, os detalhes sobre como implementar essa abordagem ainda permanecem indefinidos.

No Planalto, uma canção do artista Belchior ressoou entre os membros da equipe: “Sujeito de Sorte”, que expressa a esperança diante das adversidades: “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”. Com isso, Lula parece determinado a iniciar este novo ciclo com otimismo renovado.

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  • Data: 01/01/2025 10:01
  • Alterado:01/01/2025 10:01
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  • Fonte: Governo Federal









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