Longa-metragem está sendo rodado no Grande ABC e Paranapiacaba
A produção coletiva “Sete Cidades e Uma Vila Inglesa” da produtora Cumamuê Cinema traz oito histórias inéditas e tem estreia prevista para 2020
- Data: 22/04/2019 16:04
- Alterado: 22/04/2019 16:04
- Autor: Redação
- Fonte: assessoria
Crédito:divulgação
O ano de 2019 será marcado pela produção do filme “Sete Cidades e uma Vila Inglesa”, longa-metragem produzido pela Cumamuê Cinema, de São Paulo, que é composto por oito episódios tendo como cenários os sete municípios do ABC e o distrito de Paranapiacaba. Com duração de quinze minutos cada, os episódios são dirigidos pelos cineastas Diomédio Piskator, Diaulas Ullysses, Ruy Jobim Neto, Guilherme Motta, Tony Ciambra e Mário Dalcendio.
A produção surgiu espelhada na forte tradição local de realização cinematográfica, que teve como pioneiros Aron Feldman (1919-1993) em Santo André e os irmãos Hans (1922-2002) e Wolfgang Gerber (1927-1998) em Mauá, além de uma série de produções no formato Super 8mm, distribuídas nas demais cidades da região.
Vale ressaltar também a instalação da Companhia Cinematográfica Vera Cruz no município de São Bernardo do Campo em, 1949. Até terminar seu funcionamento em 1954, a Vera Cruz produziu o total de 22 filmes, dos quais destacam-se Caiçara (1950), Ângela (1951), Apassionata (1952), Sinhá Moça (1953), A Família Lero-Lero (1953), O Cangaceiro (1953), Uma Pulga na Balança (1953), Na Senda do Crime (1954), Candinho (1954) e Floradas na Serra (1954), entre outras obras que também entraram para a história do cinema brasileiro.
A região do ABC também teve grande importância na área de produção de documentários, com a vinda de cineastas de todo Brasil, motivados em registrar o movimento sindical metalúrgico em torno das greves das décadas de 1970 e 1980. Após o período fértil para a realização de documentários sobre os operários, o ABC atraiu ainda vários cineastas de renome nacional, que encontraram cenários inspiradores para seus filmes no campo da ficção, como João Batista de Andrade (Doramundo) e Carlos Reichenbach (Garotas do ABC e Falsa Loura), entre outros. Nos últimos dez anos foram produzidos cerca de quinze longas-metragens e inúmeros curtas por cineastas da região.
A realização de “Sete Cidades e uma Vila Inglesa”, por equipes e elencos que somam mais de sessenta pessoas, visa fortalecer a tradição de cinema que marca a história cultural dos municípios do ABC. O filme, que tem o selo da Cumamuê Cinema, produtora paulistana que realizou obras como os longas “SP 015” e “Memórias da Boca”, já começou a ser rodado e tem lançamento previsto para 2020.