Lojistas em aeroportos brasileiros acumulam prejuízos

Impasses e negociações desequilibradas nos aluguéis aumentam o risco de fechamento de negócios; Setor sofre com a queda de receita, desemprego, inadimplência e fechamento de lojas

  • Data: 17/12/2020 14:12
  • Alterado: 17/12/2020 14:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: ANCAB
Lojistas em aeroportos brasileiros acumulam prejuízos

Crédito:ANCAB

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A direção da ANCAB, Associação Nacional de Concessionárias de Aeroportos do Brasil, que reúne os lojistas que alugam pontos de comércio e serviços em aeroportos, condena com veemência a política comercial de cobrança de valores de aluguéis e rateios, praticados durante a pandemia, pelas empresas administradoras de aeroportos de todo o Brasil. A entidade tem a expectativa de maior agilidade e sensibilidade por parte dos executivos e autoridades diante da situação do setor.

CAMPANHA

A campanha liderada pela ANCAB, “Apertem os Cintos, o Passageiro Sumiu”, retrata a atual dificuldade financeira dos lojistas e prestadores de serviços, ocasionada pela baixa frequência de consumidores, e procura sensibilizar a INFRAERO e outras administradoras de aeroportos em busca de uma solução para o setor. Mesmo com a chegada do fim de ano, levantamentos da ANCAB identificam um pequeno crescimento no setor, bem abaixo de anos anteriores, que não será suficiente para repor as perdas de receitas, incalculáveis, registradas durante a pandemia.

NEGOCIAÇÕES

As propostas apresentadas pelas administradoras de aeroportos não resolveram, até a presente data, o problema do setor e só agravaram a situação dos lojistas que foram reconhecidamente impactados pelas medidas restritivas adotadas durante o protocolo de combate ao Covid-19.

Em alguns casos, a queda de receita dos lojistas e prestadores de serviços chegou a 90%. A ANCAB propõe que as administradoras utilizem como parâmetro de negociação o percentual de fluxo de passageiros, publicado mensalmente pela a ANAC, ou a cobrança de um aluguel baseada em um percentual sobre o faturamento, aferido no período de pandemia.

Os números mais recentes sobre a redução de passageiros nos aeroportos administrados pela INFRAERO registram as seguintes médias: em março deste ano 53%; abril 98%; maio 97%; junho 93%; julho 88%; agosto 84%; setembro 75%; e outubro 69% (fonte: site INFRAERO).

A queda de receita já ocasionou a redução de inúmeros postos de trabalhos, fechamento de lojas e a inclusão de lojistas, pelas administradoras de aeroportos, em cadastros restritivos como CADIN e SERASA, além de abertura de processos judiciais.

O atual cenário, precário e incerto, gerado pelas próprias administradoras de aeroportos, é um fator que, inclusive, desestimula o ingresso de novos interessados.

A inédita inadimplência é motivo de preocupação das entidades representativas de estabelecimentos em virtude de colocar em risco toda a operação de prestadores de serviços e de comércio, atuantes nos terminais aeroportuários com grande reflexo para passageiros, funcionários do setor e demais usuários.

A direção da ANCAB, representada por seu presidente Mário Portela, anseia por uma flexibilização maior nas políticas comerciais da Infraero e das administradoras de aeroportos em geral, que atenda às necessidades mínimas dos lojistas e prestadores de serviços dos aeroportos, garantindo a sobrevivência e permanência das atividades do setor.

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  • Data: 17/12/2020 02:12
  • Alterado:17/12/2020 14:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: ANCAB









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