Líder da oposição venezuelana está na embaixada do Chile em Caracas

Poucas horas após deixar sua casa, onde cumpria prisão domiciliar, por se juntar às manifestações contra o governo de Maduro, Leopoldo López se abrigou na embaixada do Chile, em Caracas.

  • Data: 30/04/2019 18:04
  • Alterado: 30/04/2019 18:04
  • Autor: Redação
Líder da oposição venezuelana está na embaixada do Chile em Caracas

O líder oposicionista venezuelano Leopoldo López abraça um apoiador durante manifestação contra o governo do presidente Nicolás Maduro, perto da Base Aérea La Carlota, em Caracas.

Crédito:Carlos Garcia Rawlins/Reuters

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Segundo o ministro das Relações Exteriores do Chile, Roberto Ampuero, López, sua esposa, Lilian Tintori, e a filha do casal estão na embaixada chilena na condição de “hóspedes”. Em mensagem postada no Twitter, Ampuero não diz se López pediu asilo ou refúgio, mas reafirma o que classifica como o compromisso do Chile com “os democratas venezuelanos”.

A informação de que López buscou abrigo na embaixada tinha sido divulgada poucos instantes antes, pelo embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada. Em pronunciamento a jornalistas, Moncada revelou que o líder oposicionista venezuelano se encontrava na embaixada chilena, o que, segundo ele, é um indício do fracasso da tentativa da oposição de tomar o poder do presidente Nicolás Maduro. A embaixada fica a menos de dez quilômetros de distância do Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano.

Mais cedo, milhares de venezuelanos contrários e favoráveis a Maduro tomaram as ruas da capital, Caracas, e de outras cidades venezuelanas, desde a manhã de hoje (30). De um lado, eles responderam às convocações do presidente eleito Nicolás Maduro. De outro, o chamado do presidente da Assembleia Nacional, o deputado venezuelano e autodeclarado presidente interino Juan Guaidó, que travam, nas redes sociais, uma disputa de narrativas.

Enquanto Guaidó afirmou ter obtido o apoio de oficiais das Forças Armadas para tirar Maduro do poder e conclamou a população a sair às ruas para se manifestar contra o governo e livrar o país do que classifica como “a usurpação” do poder pelo grupo do líder chavista, Maduro e seus principais ministros garantem que a maioria dos oficiais das Forças Armadas continuam fiéis ao governo, “protegendo a Constituição” do que classificam como uma tentativa de golpe de Estado.

Em seu pronunciamento, Guaidó estava ao lado de Leopoldo López, a quem o autodeclarado presidente concedeu “indulto presidencial”. Acusado pelas autoridades venezuelanas de “incitamento à desordem pública, associação criminosa, atentados à propriedade e incêndio”, na sequência das manifestações contrárias à política do presidente Nicolás Maduro, em 2014, López foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão domiciliar em setembro de 2015.

Ainda durante seu pronunciamento aos jornalistas, o embaixador venezuelano na ONU, Samuel Moncada, garantiu que a ação deflagrada por Guaidó por volta das 6h de hoje está sendo debelada. Para Moncada, apesar do potencial conflitivo da situação, os protestos não alcançaram outro efeito além de deixar pessoas feridas. O embaixador disse que não há, até o momento, registro de mortes.

“Tivemos sorte de [a situação] ter terminado com o mínimo de danos. Tenho orgulho desta situação ter terminado sem a perda de nenhuma vida”, declarou Moncada, garantindo que, em Caracas, a situação já estaria voltando a normalidade – enquanto imagens divulgadas pelas redes sociais e por emissoras de TV seguem mostrando a população nas ruas da capital.

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  • Data: 30/04/2019 06:04
  • Alterado:30/04/2019 18:04
  • Autor: Redação









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