Lei Marcial na Coreia do Sul: Ameaça à Democracia
Impactando as relações internacionais e a democracia interna.
- Data: 03/12/2024 23:12
- Alterado: 03/12/2024 23:12
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
A recente imposição da lei marcial na Coreia do Sul surpreendeu muitos, pois o país é conhecido por sua estabilidade política desde 1988, quando iniciou a transição para a democracia. Antes disso, a Coreia do Sul vivenciou décadas de instabilidade, começando com sua fundação como república em 1948. Durante esse período, a nação enfrentou múltiplas aplicações da lei marcial e um conflito de três anos com a Coreia do Norte, que permanece tecnicamente sem resolução de paz até hoje.
Nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, a Coreia do Sul passou por uma série de regimes autoritários. A Primeira República começou com Syngman Rhee, cujo governo autocrático terminou em 1960 com a Revolução de Abril. O golpe militar de Park Chung Hee em 1961 marcou o início de quase duas décadas de governo militar, que persistiu até sua morte em 1979. Apesar das promessas durante a Quinta República, foi somente após protestos massivos em 1987 que a democracia começou a ganhar espaço real no país.
A transição democrática formalizou-se em 1988 com a eleição direta do presidente Roh Tae-woo, que diminuiu práticas autoritárias e expandiu liberdades civis. A consolidação democrática continuou com eleições pacíficas subsequentes e alternância de poder entre liberais e conservadores. Atualmente, essas forças políticas são representadas pelo Partido Democrático da Coreia e o Partido do Poder Popular.
O atual presidente, Yoon Suk Yeol, representa uma abordagem conservadora, destacando-se por políticas rigorosas em relação à Coreia do Norte e reforçando laços com os Estados Unidos e Japão. Sua eleição em 2022 foi histórica devido à margem estreita de vitória. A situação política atual reflete tanto os desafios quanto os progressos da Coreia do Sul desde sua transição para a democracia há mais de três décadas.