Jair Bolsonaro Anuncia Novo Advogado para Defesa no STF
Bolsonaro reforça defesa no STF com renomado advogado, enquanto aliados buscam anistia para os indiciados nos atentados de 2022.
- Data: 09/01/2025 00:01
- Alterado: 09/01/2025 00:01
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Brenno Carvalho/Agência O Globo
O ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao PL, anunciou a nomeação de um novo advogado para liderar sua defesa junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O criminalista Celso Vilardi se une à equipe jurídica do ex-mandatário a partir desta quinta-feira, 9 de novembro, e passa a compor um time que já conta com outros dois profissionais.
Celso Vilardi, que é também professor de direito na Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, comentou sobre sua nova função: “Já estudei o caso e vou começar a trabalhar agora. Sobre eventuais estratégias ou questões do tipo, não cabe falar por enquanto”.
O ex-presidente Bolsonaro foi indiciado em 21 de novembro do ano passado, juntamente com outras 36 pessoas, pela Polícia Federal. A investigação apurou uma suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022, revelando que o ex-presidente teria participado de um esquema visando impedir a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Vilardi é um profissional respeitado na área do direito penal, conhecido por sua atuação na defesa de indivíduos envolvidos em grandes operações da Polícia Federal. Ele é membro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) e já representou importantes entidades, incluindo o Conselho de Administração das Lojas Americanas.
Entre seus clientes mais proeminentes estão figuras como Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, o empresário Eike Batista e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. Anteriormente, Paulo Cunha Bueno era o responsável pela defesa de Bolsonaro, mas ele continuará fazendo parte da equipe.
A mudança no time jurídico coincide com o segundo aniversário dos atentados golpistas que atingiram as sedes dos três Poderes em Brasília. O presidente Lula organizou uma série de eventos para relembrar esta data significativa. Enquanto isso, aliados de Bolsonaro persistem na luta por anistia aos presos durante os ataques.
Dois anos após os incidentes, a retórica entre os apoiadores de Bolsonaro continua a afirmar que não houve tentativa de golpe e que as prisões são injustas. Deputados e senadores do PL ainda mantêm a esperança de que um projeto visando a anistia avance neste ano, apesar do tema ter enfrentado dificuldades no ano anterior.
Além de Jair Bolsonaro, estão incluídos na lista dos indiciados nomes como Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Defesa; Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL; Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin e atual deputado federal; e Augusto Heleno, também general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.