Jacinda Ardern, premiê da Nova Zelândia, vai renunciar por estar ‘sem energia’
País terá eleições gerais em 14 de outubro
- Data: 19/01/2023 13:01
- Alterado: 19/01/2023 13:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
This video frame grab from TVNZ via AFPTV taken on January 19, 2023 shows New Zealand's Prime Minister Jacinda Ardern announcing she will resign from her post next month, in Wellington. - Ardern, a global figurehead of progressive politics, shocked the country on January 19 by announcing she would resign from office in a matter of weeks. (Photo by various sources / AFP) / - New Zealand OUT / -----EDITORS NOTE --- RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / TVNZ via AFPTV " - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
Crédito:Reprodução
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, vai deixar o cargo por estar “sem energia”, anunciou em um evento de seu partido nesta quinta-feira, 19. “Para mim, chegou a hora”, declarou ela durante reunião com membros do Partido Trabalhista, do qual faz parte. O país terá eleições gerais em 14 de outubro.
“Estou saindo, porque com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Inclusive a responsabilidade de saber quando você é a pessoa certa para liderar e quando não é”, afirmou, visivelmente emocionada, aos correligionários. “Eu sei o que esse trabalho exige. E sei que não tenho mais a energia necessária para fazê-lo da melhor forma. É simples.”
Jacinda poderia tentar a reeleição para o que seria seu terceiro mandato. “Eu sou humana. Damos o máximo que podemos pelo tempo que podemos e então é hora. E para mim, chegou a hora”, acrescentou. No pronunciamento, a política disse ainda que acredita na vitória de seu Partido Trabalhista no pleito. O vice-premiê e ministro das Finanças, Grant Robertson, já disse em comunicado que não deve ser o candidato da legenda.
Jacinda, que se tornou primeira-ministra em um governo de coalizão em 2017 e conduziu seu partido de centro-esquerda a uma ampla vitória nas eleições três anos depois, viu seu partido e sua popularidade pessoal caírem em pesquisas recentes.
Na primeira aparição pública desde que o Parlamento neozelandês entrou em recesso há um mês, ela afirmou que durante esse intervalo esperava encontrar energia para seguir na liderança, mas não conseguiu. “Não tenho energia para mais quatro anos”, declarou.
Segundo Jacinda, sua renúncia entrará em vigor até 7 de fevereiro e a convenção trabalhista votará em um novo líder em 22 de janeiro. O vice-primeiro-ministro Grant Robertson indicou que não apresentaria seu nome.