Jabaquara vai sediar o novo prédio da única Cia de Ballet de Cegos de todo o mundo

Dia 30 de maio será dada a largada para a construção da sede própria da Associação Fernanda Bianchini, instituição reconhecida por desenvolver um método pioneiro de ensino de ballet clássico para deficientes visuais e promover a inclusão e auxílio terapêutico para pessoas com deficiência através da dança.

Com o novo prédio, a Associação, que atualmente atende gratuitamente 400 alunos com aulas presenciais e online – aí incluídos deficientes visuais (60%), pessoas com outros tipos de deficiências e  síndromes (30%) e participantes sem nenhum tipo de deficiência (10%) -, além de promover atividades específicas para familiares e acompanhantes, pretende triplicar sua capacidade.

A nova sede, além de qualificar e ampliar o atendimento da Associação, irá disponibilizar para a região do Jabaquara um espaço para a disseminação de atividades artísticas e culturais às pessoas com deficiência, revelando-se como uma nova opção de inclusão participativa e resgate do potencial dessa população.

Com um projeto arquitetônico desenvolvido especificamente para atender as necessidades dos alunos em termos de inclusão e acessibilidade, o novo prédio irá contar com uma área construída com quase 1.400 m², composta por recepção, 3 salas de dança, uma sala exclusiva para a Cia Ballet de Cegos, sala de música e auditório, além de áreas para atividades de fisioterapia e pilates.

Com previsão de inauguração no próximo ano, a nova sede será viabilizada através de apoio institucional de entidades que se interessam pela causa e doações diretas de pessoas físicas e jurídicas.

Para tanto, a Associação lançou o projeto “Construindo Sonhos” – que prevê a aquisição de “tijolos” com 3 opções de participação: Tijolo Azul (R$ 250,00), Tijolo Rosa (R$ 1.000,00) e Tijolo Branco (R$ 5.000,00) -, doações que serão perenizadas em uma parede do novo prédio com os nomes dos colaboradores.

“O início das obras da nossa sede própria, além de concretizar nosso maior desafio nesses 28 anos de trabalho pela inclusão dos cegos, consolida nossa convicção sobre a importância da arte como uma ferramenta para o desenvolvimento da autonomia e protagonismo das pessoas com deficiência”, avalia Fernanda Bianchini, fundadora da Associação.

“Com o novo espaço, que utiliza a dança como vetor de inclusão social e artística para PCDs, iremos ampliar a visibilidade do nosso trabalho, inspirar novas iniciativas e garantir a continuidade das atividades para as futuras gerações”, completa Fernanda.