Itaú Cultural lamenta a morte de Ruy Ohtake
É extenso o verbete sobre o arquiteto na Enciclopédia Itaú Cultural, dada a dimensão de sua obra. Ele também esteve presente em ações da instituição voltadas ao seu ofício
- Data: 29/11/2021 09:11
- Alterado: 29/11/2021 09:11
- Autor: Redação
- Fonte: Itaú Cultural
Itaú Cultural lamenta a morte de Ruy Ohtake e destaca amplo material sobre o arquiteto em seu site
Crédito:Divulgação/Itaú Cultural
O Itaú Cultural lamenta a morte do arquiteto Ruy Ohtake (1938-2021), aos 83 anos. Com uma atuação intensa na arquitetura brasileira, ele deixa um vasto legado, do qual boa parte pode ser conferida no site e canais digitais do Itaú Cultural.
“Ruy é de uma família que sempre transbordou arte e que permanece de forma definitiva entre nós”, diz Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural. “Assim é com o legado que sua mãe, Tomie, nos deixou, com muitas de suas obras que podem ser vistas a céu aberto, ao lado da militância cultural de Ricardo. Assim é com os traços marcantes da arquitetura deixada agora por Ruy cuja elegância e essência os torna únicos e indissolúveis desta maravilhosa família que se mescla com a cultura brasileira”, completa.
Entre suas diferentes participações no Itaú Cultural, Ohtake foi um dos convidados de Oscar Niemeyer, um seminário, realizado, em 2013, no prédio da organização, em São Paulo, como parte da programação da exposição Oscar Niemeyer: Clássicos e Inédito. No encontro, que pode ser conferido em oito partes, no Youtube da organização, ele comenta aspectos da obra do criador de Brasília.
Como ressalta o extenso verbete da Enciclopédia Itaú Cultural dedicado ao arquiteto, “a obra de Ruy Ohtake destaca-se pela síntese entre as proposições das escolas carioca e paulista de arquitetura, em especial as formuladas respectivamente pelos arquitetos e urbanistas Oscar Niemeyer (1907-2012) e Vilanova Artigas (1915-1985)”.
Na Ocupação realizada pelo Itaú Cultural em homenagem a Artigas, em 2015, Ohtake também deu grande contribuição em depoimentos que elucidavam algumas obras do arquiteto, como a Casa Elza Berquó, de 1967 – Casa Elza Berquó (1967) – Ocupação Vilanova Artigas (2015) | Itaú Cultural (itaucultural.org.br) – a Casa dos Triângulos, de 1958 – Casa Rubens de Mendonça/Casa dos triângulos (1958) – Ocupação Vilanova Artigas (2015) | Itaú Cultural (itaucultural.org.br) – ou o Ginásio de Guarulhos, de 1960 – Ginásio de Guarulhos (1960) – Ocupação Vilanova Artigas (2015) | Itaú Cultural (itaucultural.org.br). Ele também relembra, junto de outros grandes nomes da arquitetura no país, que revisitam juntos diversos pontos da vida de Artigas, de suas aulas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), onde se graduou em 1960 -Atividade política e exílio – Ocupação Vilanova Artigas (2015) | Itaú Cultural (itaucultural.org.br).
Ruy Ohtake também tem depoimento gravado no acervo do Instituto Vladimir Herzog, que para sua elaboração contou com o apoio do Itaú Cultural. Ele fala sobre a convivência com o amigo e jornalista, que conhecia do bairro onde moravam, a Mooca, e também da escola, que frequentavam juntos. No vídeo que pode ser acessado no link: Acervo Vladimir Herzog – o arquiteto revive as memórias e impressões acerca de Herzog.