Israel responde a ataques em Gaza e nova onda de violência ameaça a região
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, ordenou "ataques em massa" contra a Faixa de Gaza nesse domingo, 05 de maio, ameaçando as negociações de cessar-fogo
- Data: 05/05/2019 10:05
- Alterado: 05/05/2019 10:05
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:AFP
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou “ataques em massa” contra a Faixa de Gaza neste domingo, com uma nova escalada de violência ameaçando as negociações de cessar-fogo entre israelenses e palestinos.
Netanyahu disse que o exército de Israel irá reforçar suas unidades nos arredores da Faixa de Gaza com armamentos, artilharia e infantaria em meio aos temores de que a violência continuará a escalar com o início do pior confronto entre Israel e Gaza desde que as tensões começaram a crescer em maio do ano passado. Gaza disparou 450 foguetes contra Israel entre sábado e domingo, incluindo 180 foguetes durante a noite, e Israel respondeu atingindo o que definiu como 220 “alvos militares” em Gaza. O confronto prossegue neste domingo, com sirenes tocando em Beer Sheba e em comunidades próximas a fronteira em Gaza. O clima de tensão é crescente.
O primeiro-ministro israelense culpa o Hamas, que comanda Gaza, pelos ataques. “Eles estão pagando um preço muito alto por isso” disse Netanyahu.
Os ataques provocaram a morte de um israelense de 58 anos em Ashkelon – o primeiro cidadão israelense morto por um foguete desde a guerra com Gaza de 2014 – e pelo menos 12 pessoas em Gaza, incluindo uma mulher grávida e seu filho de 14 meses de vida. O exército de Israel diz que um foguete do Hamas acidentalmente matou a mulher e a criança.
Oficiais israelenses disseram não ter interesse em uma escalada no conflito a uma semana do festival Eurovision, um dos concursos de música mais assistidos do mundo e que deve atrair milhares de visitantes para a cidade de Tel Aviv. Alguns analistas têm sugerido que grupos militares de Gaza podem estar usando a ameaça de retomada dos ataques às vésperas do Eurovision para pressionar Israel a fazer concessões.
Representantes da televisão israelense e do Eurovision afirmam que estão monitorando a situação e os ensaios em Tel Aviv seguem de acordo com o previsto. Segundo as duas fontes, o concurso na próxima semana está mantido sem qualquer alteração.