Israel mantém operações em Gaza até que Hamas libere reféns

Porta-voz das Forças de Defesa de Israel reafirma ataques após atraso na entrega da lista de reféns.

  • Data: 19/01/2025 08:01
  • Alterado: 19/01/2025 09:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: FOLHA
Israel mantém operações em Gaza até que Hamas libere reféns

Crédito:Reprodução

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O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, anunciou em uma coletiva de imprensa realizada no último domingo (19) que as operações militares israelenses na Faixa de Gaza continuarão até que o Hamas apresente a lista de reféns a serem libertados. “Até o momento, o Hamas não cumpriu com suas obrigações e não forneceu os nomes dos reféns, conforme acordado,” declarou Hagari, enfatizando a decisão da IDF de manter os ataques enquanto o grupo palestino não atender aos termos estabelecidos.

De acordo com informações da agência Reuters, o Hamas confirmou a entrega da lista contendo os nomes de três reféns que devem ser soltas durante a tarde do mesmo dia. Contudo, não foram reveladas as identidades das mulheres mencionadas, nem houve um pronunciamento oficial do governo israelense sobre o assunto.

Após o horário previsto para o início do cessar-fogo às 8h30 (horário local), Israel realizou incursões militares nas regiões central e norte de Gaza. Os ataques resultaram na morte de ao menos dez palestinos e deixaram 25 feridos devido a um ataque aéreo com drones, segundo relatos da Reuters.

A continuidade dos combates foi decidida pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu após um atraso na apresentação dos nomes dos reféns pelo Hamas. O acordo firmado em Doha no dia 15 de janeiro previa que a lista fosse disponibilizada com antecedência mínima de 24 horas antes da liberação dos reféns. O Hamas reconheceu o atraso por “razões técnicas,” mas reafirmou seu compromisso com o cessar-fogo.

A Al Jazeera sugere que a demora pode estar ligada aos métodos de comunicação do Hamas, que evita canais que possam estar sob vigilância israelense, dificultando a decisão sobre quais nomes seriam incluídos na lista.

No sábado (18), Netanyahu reafirmou o direito de Israel retomar as hostilidades caso os termos da segunda fase do acordo não fossem cumpridos. “Se for necessário retornar à luta, faremos isso de forma decisiva e contundente,” afirmou. Ele também mencionou o apoio irrestrito recebido dos presidentes Donald Trump e Joe Biden para agir militarmente se as negociações se mostrassem infrutíferas.

Durante a primeira fase do acordo, que deve durar seis semanas, o Hamas concordou em libertar 33 reféns israelenses, incluindo todas as mulheres e crianças, bem como homens acima de 50 anos. As autoridades israelenses informam que ainda existem 98 reféns em cativeiro na Faixa de Gaza; destes, 94 foram capturados durante os ataques de 7 de outubro, enquanto quatro estão detidos desde 2014.

Em troca, Israel poderá libertar até 1.904 palestinos detidos, sendo 737 deles acusados ou condenados por crimes relacionados à segurança nacional. A quantidade total de prisioneiros liberados em cada fase dependerá do número de reféns devolvidos; na primeira etapa, cada refém liberado será compensado com aproximadamente 19 prisioneiros palestinos.

A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, trabalhou em colaboração com Steve Witkoff, enviado do presidente eleito Donald Trump para o Oriente Médio, para avançar nas negociações do acordo.

À medida que sua posse se aproximava, Trump insistiu na necessidade urgente de um acordo e alertou que haveria graves consequências caso os reféns não fossem libertados rapidamente.

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  • Data: 19/01/2025 08:01
  • Alterado:19/01/2025 09:01
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