Investigação sobre jogos de azar na Bahia bloqueia R$ 160 milhões em esquema milionário
14 denunciados e R$ 160 milhões em bens bloqueados.
- Data: 19/12/2024 01:12
- Alterado: 19/12/2024 01:12
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:iStock
O recente desdobramento da investigação sobre a rede de jogos de azar Paratodos, na Bahia, revela um cenário alarmante de atividades ilegais que movimentaram bilhões de reais ao longo da última década. O Ministério Público da Bahia denunciou 14 pessoas ligadas à cúpula da organização, acusando-as de lavagem de dinheiro. A Justiça acatou a denúncia e determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 160 milhões em bens e contas bancárias dos envolvidos. Entre os bens sequestrados estão 91 veículos, 58 imóveis, 13 lanchas, três motos aquáticas, um iate e 18 aeronaves. As investigações do Gaeco apontam que entre 2010 e 2020 , 23 empresas serviram como fachada para a lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e das máquinas caça-níqueis , movimentando cerca de R$ 5 bilhões. Os promotores identificaram que as empresas eram utilizadas não apenas para inserir dinheiro ilícito na economia formal, mas também para blindagem patrimonial. Os líderes do esquema foram identificados em três núcleos principais: o jogo do bicho , as máquinas de caça-níqueis e o bicho eletrônico . Adilson Santana Passos Júnior e Leandro Reis Almeida são destaques como os operadores do jogo do bicho, enquanto Augusto César Requião da Silva ficava à frente das máquinas de caça-níqueis. O terceiro núcleo é responsável pela modernização das apostas eletrônicas. Esse caso ressalta a complexidade das organizações criminosas que atuam no Brasil e a necessidade de um combate eficaz às atividades ilegais. As investigações continuam, evidenciando a relação entre criminalidade organizada e lavagem de dinheiro no país, alertando para a importância da ação conjunta entre instituições para coibir essas práticas.