Integrantes do MST fazem palestra para participantes das hortas comunitárias de Diadema
Programa Agricultura Urbana de Diadema conta atualmente com 29 hortas comunitárias, que são cuidadas por 460 moradores da cidade
- Data: 28/07/2021 20:07
- Alterado: 28/07/2021 20:07
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de Diadema
Crédito:Adriana Hovarth
Em razão do Dia do Agricultor Familiar, comemorado em 25 de julho, e também para iniciar uma nova fase do Programa Agricultura Urbana de Diadema, a Secretaria de Segurança Alimentar realizou, ontem, no auditório do Quarteirão da Saúde, um encontro entre os agricultores das hortas comunitárias da cidade e dirigentes do Movimento Sem Terra – acampamento Comuna da Terra Irmã Alberta – do bairro Perus, em São Paulo.
O evento teve a participação de mais de 25 integrantes do programa, que assistiram a palestra “Produção Agroecológica, Relação Comunitária e Gestão de Espaços Coletivos”, ministrada pelas integrantes do MST Maria Alves e Marília de Azevedo Batista. O encontro contou, também, com as presenças do prefeito José de Filippi Júnior e da presidenta do Fundo Social de Solidariedade de Diadema, Inês Maria de Filippi.
Na abertura falou o coordenador estadual do MST, Marcelo Bozetto, que ressaltou a importância do plantio coletivo e a produção de comida. “O trabalho de vocês é fundamental, é indispensável. Pelo momento que vivemos hoje no Brasil, ver um país com tanto potencial, com tanta riqueza, e também ver irmãs e irmãos brasileiros passando fome é muito triste”, disse.
O dirigente reforçou a importância da troca de informações entre as duas experiências e afirmou que produzir alimentos saudáveis ocupando áreas que estavam abandonadas ou subutilizadas é de grande valia para todos. “Isso é fundamental porque comida no país virou artigo de luxo e os preços dos alimentos sobem cada vez mais”, finalizou.
Para o secretário de Segurança Alimentar, Gel Antônio, o encontro marca um novo momento para o Programa Agricultura Urbana que passa por período de mudança e reciclagem. “O Programa existe há 17 anos e percebemos que é necessário promover mais capacitação e trazer mais informações para os participantes. É preciso conhecer novas experiências, ter contato com outras formas da agricultura saudável e o trabalho que o MST desenvolve mostra isso”, disse Gel.
A assistente da Secretaria de Segurança Alimentar, Luci Uliana, revela que as novas ações vão trazer mais bagagem aos agricultores e que isso resultará em maior produção e mais consumo de alimentos sem agrotóxicos. “Vamos trabalhar com os agricultores processos de organização social, ampliar as práticas da agroecologia, que preserva o meio ambiente e a biodiversidade, e também realizar a produção de composto, que podem ser feitos com os resíduos orgânicos vindos das casas dos participantes do programa”, esclareceu.